PSB confirma tucanos na chapa em Belo Horizonte

A recomenda��o do PT ao PSB para que os tucanos sejam vetados na coliga��o em torno da reelei��o de Marcio Lacerda (PSB) na disputa � Prefeitura de Belo Horizonte n�o ser� atendida. O PSB considera irrevers�vel a alian�a formal com o PSDB. "O que n�s temos de concreto � que essa alian�a est� funcionando muito bem na prefeitura. Voc� tem aqui o secret�rio de Obras do PT e o secret�rio de Sa�de do PSDB que trabalharam de forma harm�nica nesse projeto. O projeto est� de p�. Aqui dentro n�o h� nenhum acirramento de ambos", afirmou nessa quarta-feira Marcio Lacerda.

Na mesma linha de argumenta��o, os vereadores socialistas e o presidente municipal da legenda declararam ontem que n�o abrem m�o da presen�a dos dois partidos na coliga��o. "Desde o final do ano passado temos manifestado que fazemos quest�o absoluta de ter o PT e o PSDB na coliga��o. Ao PT caberia a indica��o do vice da chapa e o PSDB participaria formalmente desta vez", considerou Jo�o Marcos, presidente municipal do PSB.

Evitando falar em "veto" a partidos, o vereador Alexandre Gomes (PSB) saiu pela tangente. "O grande problema n�o � vetar um ou outro partido. A preocupa��o tem de ser n�o de quem vai governar, mas como a cidade ser� governada", assinalou Gomes. Segundo ele, Marcio Lacerda tem cumprido o seu programa de governo n�o s� com a participa��o do PT, mas sobretudo em aten��o aos programas que o partido determinou. "Muitas das cr�ticas que o PT tem feito ao governo Lacerda, atribuindo ao PSDB a responsabilidade, s�o em �reas encabe�adas por petistas. O segmento da educa��o e a �rea social do governo s�o exemplos disso", afirmou o vereador.

Para Alexandre Gomes, o mais importante � que o PT discuta os pontos program�ticos que deseja incluir na plataforma de Lacerda. "O PT tem de ficar preocupado em criar com o PSB um programa de governo que d� continuidade ao que est� sendo feito", disse. "O PSDB j� foi convidado a ingressar a alian�a no ano passado. Seria deselegante a executiva do partido ou mesmo o prefeito desconvid�-lo", acrescentou Alexandre Gomes.

Opini�o semelhante manifestou o vereador F�bio Caldeira (PSB). "Acho muito rico e interessante o processo de delibera��o no PT, um processo democr�tico. Mas o pr�prio Eduardo Campos (presidente nacional do PSB) fez o convite ao PSDB para participar formalmente da alian�a", sustentou Caldeira. Para o vereador, o PT aprovou uma "recomenda��o" ao PSB, e n�o um veto aos tucanos. "Essa recomenda��o n�o suscitar� nenhum tipo de questionamento em outras inst�ncias diante do fato consumado que � a presen�a do PSDB na coliga��o. Essa quest�o precisa ser sacramentada logo, porque precisamos iniciar a conversa com os partidos da alian�a para a constru��o do programa de governo", assinalou Caldeira.

Desejo

N�o apenas reivindicada por petistas, mas tamb�m por tucanos, a coliga��o com o PSB para a elei��o � C�mara Municipal n�o � desejada pelos socialistas, principalmente pelos pr�prios vereadores, que ser�o beneficiados pelo voto de legenda com a candidatura majorit�ria de Marcio Lacerda. "J� h� decis�o do Congresso Municipal do PSB contra a coliga��o proporcional", afirmou F�bio Caldeira.

Menos contundente, o presidente municipal do PSB, Jo�o Marcos, abriu a possibilidade de interlocu��o sobre a coliga��o proporcional, para sugerir em seguida que ela n�o � desejada por seu partido. "Vamos ter de sentar e conversar. Mas n�o apenas o PT e o PSDB, todos os outros da coliga��o manifestaram interesse em se coligar para vereador com o PSB, como o PDT, o PMN e o PR. Agora, tem que ser bom para os dois lados", desconversou Jo�o Marcos.