A abertura de inqu�rito e a quebra de sigilo banc�rio de Dem�stenes Torres (DEM-GO) j� eram procedimentos esperados pelos colegas do senador goiano no Senado. Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a decis�o do Supremo Tribunal Federal � consequ�ncia dos ind�cios apresentados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.
“Pedir a quebra de sigilo � uma consequ�ncia j� esperada. O fato de a Procuradoria-Geral pedir a abertura de inqu�rito e de o Supremo aceitar o pedido � sinal de que h� ind�cios fortes [contra o senador]. Afinal, n�o � algo rotineiro uma investiga��o de membros do Congresso Nacional”, afirmou Rodrigues � Ag�ncia Brasil.
Dem�stenes ir� responder a inqu�rito em raz�o de suas rela��es com o empres�rio que controla jogos ilegais em Goi�s, Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
O presidente do partido de Dem�stenes, senador Agripino Maia (DEM-RN), tamb�m viu como natural a autoriza��o para quebra de sigilo banc�rio do senador goiano. Segundo ele, “quebrar sigilo fiscal, banc�rio e telef�nico � o curso normal do processo”.
Agripino tamb�m disse que � cedo para definir se o procedimento do STF pode complicar a situa��o de Dem�stenes dentro do partido. Segundo ele, ainda n�o se sabe o que ser� descoberto nos dados banc�rios do ex-l�der do DEM no Senado. “O partido tem que acompanhar os fatos, n�o tem que achar bom nem ruim”, declarou Agripino.
Esta semana, no entanto, o presidente do DEM declarou que o partido j� foi severo quando se deparou com uma situa��o de corrup��o de um de seus integrantes e n�o hesitar� em agir da mesma forma novamente. O caso anterior foi o do ex-governador do Distrito Federal, Jos� Roberto Arruda, expulso do DEM quando n�o conseguiu se defender das acusa��es de corrup��o.