O advogado do senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou nesta ter�a � Ag�ncia Estado que pretende entrar na segunda-feira, dia 9, com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a anula��o de todas as investiga��es feitas contra seu cliente. Para Kakay, como o advogado � conhecido, houve uma "burla" ao foro privilegiado quando a Justi�a Federal de primeira inst�ncia n�o encaminhou ao Supremo os supostos ind�cios de envolvimento de Dem�stenes com o empres�rio do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O advogado disse que deve entrar com uma reclama��o, recurso jur�dico quando h� usurpa��o de compet�ncia de um tribunal, para invalidar as investiga��es feitas durante tr�s anos contra Dem�stenes. Ele vai preparar o recurso no feriado para tentar apresent�-lo, se poss�vel, na segunda-feira que vem.
Kakay afirmou que, assim que foi deflagrada a Opera��o Monte Carlo, que prendeu Cachoeira, come�ou um vazamento "calculado" e "doloso" de informa��es contra seu cliente de forma a, segundo ele, pressionar o Poder Judici�rio. Na opini�o dele, a inten��o dos investigadores seria impedir que o Supremo anulasse futuramente as apura��es contra o parlamentar, diante dos supostos ind�cios colhidos nas escutas telef�nicas liberadas pela Justi�a de primeiro grau.
"Assim fica mais dif�cil do Supremo conceder a nulidade. Mas a nulidade � total", afirmou o advogado, que chamou de "piada" a alega��o de que teria havido apenas "encontro fortuito" com um detentor de foro privilegiado ao longo das investiga��es.
O advogado deve refor�ar a argumenta��o do recurso com o fato de em 2009, o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, n�o ter encontrado ind�cios para pedir a abertura de inqu�rito contra Dem�stenes. Ele s� foi ao Supremo depois que apareceram os grampos. "Se n�o tinha ind�cio antes, por que teria agora?", questionou Kakay.