(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cachoeira negociou licita��o milion�ria no DF


postado em 05/04/2012 09:37

Grampos da Pol�cia Federal indicam que um integrante do governo Agnelo Queiroz (PT) participou de uma opera��o para direcionar um contrato milion�rio, que vai girar at� R$ 60 milh�es por m�s ao grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como o chefe da m�fia dos ca�a-n�queis em Goi�s e no Distrito Federal.

Di�logos interceptados na Opera��o Monte Carlo evidenciam que Milton Martins de Lima Junior, diretor financeiro e administrativo do DFTrans, �rg�o que gerencia o transporte p�blico do governo do Distrito Federal, negociou com os contraventores para que a organiza��o obtivesse a concess�o para a bilhetagem eletr�nica dos �nibus. A PF suspeita de eventual pagamento de propina. O diretor nega.

As conversas, gravadas em junho de 2011, mostram Carlinhos Cachoeira orientando um de seus principais aliados, Gleyb Ferreira da Cruz, a negociar o contrato com o governo do DF.

O objetivo do contraventor era firmar uma sociedade com a Delta Constru��es, empresa suspeita de participa��o no esquema, para explorar o servi�o. Dias antes, o governo do DF havia assumido a bilhetagem eletr�nica, antes a cargo dos empres�rios do setor, e buscava um novo parceiro privado para oper�-la.

Ao ouvir do parceiro que o neg�cio pode render, conforme estimativa, o equivalente a R$ 60 milh�es por m�s, Cachoeira se anima e avisa que acionar� outro emiss�rio para negociar com o diretor do DFTrans: “Pois �, porra! Tem que fazer contratar direto a Delta... tem que por o Cl�udio amanh� com o Milton, entendeu?”

Em duas situa��es, o chefe do esquema pergunta a Gleyb quem � Milton, ouvindo que se trata do diretor que foi nomeado para organizar o DFTrans e detalhes de sua vida pregressa, como a atua��o na Ag�ncia de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). “Pois �, agora n�s temos que pegar o neg�cio, ent�o, n�s temos que fazer o edital, uai”, anima-se Cachoeira na conversa gravada. Ao ouvir que o governo do DF tinha urg�ncia no servi�o, ele sugere que o contrato seja feito sem licita��o, em car�ter emergencial.

Em conversa gravada no dia 14 de junho, Gleyb diz ao chefe, por volta das 19h30, que est� aguardando Milton para um jantar. “Tem que chamar o cara, porque esse cara tem que t� junto... Fala assim, �, n�o, a Delta tem interesse...”, comenta Cachoeira. “A gente puxa o neg�cio l� e a Delta � que faz o servi�o”, responde Gleyb.

Por volta das 22h45, ap�s o hor�rio do encontro, o contraventor ouve de seu emiss�rio o que seria o resultado da negocia��o: “O Milton, ele topa, num tem problema, n�o, agora tem que ver... a porcentagem que eu falei com ele... que eu falei pra gente fazer gest�o cinquenta cinquenta e a gente usaria a nossa empresa usando a tecnologia da EB no neg�cio”.

Esquema

No dia seguinte, por volta do meio-dia, Carlinhos Cachoeira pede a Cl�udio (que n�o � identificado) que converse com o diretor da DFTrans e diz que Cl�udio Abreu, ex-diretor da Delta, avaliar� se entra no neg�cio, que poder� ser firmado sem licita��o.

“N�s temos que pegar pra tocar e contratar, porque eles est�o apaixonados no sistema dos coreanos. A gente contrata o sistema e faz o neg�cio do DFTrans. Rapaz, � um neg�cio de sessenta pau por m�s, e d� pra aumentar trinta por cento, quer dizer, se a gente pegar um porcentual do aumento na licita��o”, explica.

O DFTrans ainda n�o definiu qual ser� a nova parceira para a bilhetagem. Segundo a empresa, a contrata��o ainda deve ser feita, possivelmente no m�s que vem e em car�ter emergencial, ap�s a licita��o para a escolha das novas concession�rias do transporte p�blico, rec�m-lan�ada.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)