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Estado de Minas

Cachoeira controlava bancada multipartid�ria


postado em 05/04/2012 20:31

A investiga��o da Pol�cia Federal que desmantelou a m�fia dos ca�a-n�queis montada em Goi�s e nos arredores de Bras�lia mostra que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como chefe do esquema, controlava uma bancada multipartid�ria no Congresso Nacional, al�m de manter liga��o indireta com pelo menos dois governadores. Al�m do senador Dem�stenes Torres (GO), ex-DEM, Cachoeira era pr�ximo de parlamentares de mais cinco partidos: PT, PSDB, PP, PTB e PPS.

Os grampos da Pol�cia Federal na Opera��o Monte Carlo, que desbaratou o esquema de Cachoeira, revelam que ele tinha rela��es de intimidade com os parlamentares, com quem tratava de neg�cios e falava sobre quantias em dinheiro, devidas e a receber.

Os deputados goianos Rubens Otoni (PT), Carlos Alberto Ler�ia (PSDB), Sandes J�nior (PP) e o Stepan Nercessian (PPS-RJ), flagrados em conversas com Cachoeira, j� respondem a processos na Corregedoria da C�mara. O l�der do PTB, Jovair Arantes (GO), admitiu que � amigo de Cachoeira e pediu o apoio dele � pr�-campanha � Prefeitura de Goi�nia.

O petista Rubens Otoni teve de explicar uma doa��o n�o declarada de R$ 100 mil de Cachoeira � campanha dele � Prefeitura de An�polis. Otoni disse que Cachoeira queria a ajuda dele para desenrolar a papelada de um laborat�rio na cidade.

O tucano Carlos Alberto Ler�ia ainda n�o explicou um dep�sito de Cachoeira destinado a ele, rastreado pela Pol�cia Federal, no valor de R$ 100 mil. Ler�ia usava um dos telefones Nextel, cedidos por Cachoeira e habilitados nos Estados Unidos, para dificultar grampos. O tucano disse que s� vai se pronunciar depois que sua defesa tiver acesso ao inqu�rito. Ao contr�rio da dire��o do DEM, que cobrou a expuls�o imediata de Dem�stenes, o presidente do PSDB, deputado S�rgio Guerra (PE), pediu um tempo para que o tucano se explique. "N�o prejulgamos ningu�m, mas desejamos esclarecimentos".

Ler�ia � aliado do governador de Goi�s, Marconi Perillo, do PSDB que teve de dar explica��es sobre a proximidade ao contraventor. Ele admitiu que esteve com Cachoeira em "reuni�es festivas", inclusive na casa de Dem�stenes. A chefe de gabinete de Marconi, Eliane Pinheiro, pediu exonera��o do cargo depois de aparecer em conversas em que passava informa��es sigilosas sobre opera��es policiais que tinham como alvo o esquema do contraventor.

Outro governador indiretamente envolvido � o petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal. Grampos da Pol�cia Federal indicam que um integrante do governo dele participou de uma opera��o para direcionar um contrato milion�rio, estimado em R$ 60 milh�es, para a m�fia dos jogos.

Nos grampos da PF, o deputado Sandes J�nior, do PP, fala no edital de uma concorr�ncia p�blica e d� satisfa��es sobre o recebimento de cheques, cujos valores seriam divididos com Cachoeira. O deputado declarou era uma "brincadeira" de Cachoeira a suposta divis�o dos valores. E Stepan Nercessian licenciou-se do PPS para esclarecer as liga��es com o bicheiro. Ele admitiu ter recebido R$ 169 mil reais de Cachoeira. Alegou tratar-se de um empr�stimo para quitar um im�vel, mas devolveu a quantia dias depois.


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