Parte do PT mineiro vai abandonar a campanha pela reelei��o do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que vai ter um petista como vice, mas tamb�m contar� com o PSDB na alian�a. A decis�o foi tomada neste domingo, ap�s encontro petista que acatou, com apoio de cerca de 60% dos participantes, a resposta da dire��o socialista �s reivindica��es do partido. O documento enviado pelo PSB ao PT confirmou oficialmente que o partido da presidente Dilma Rousseff indicar� o vice de Lacerda, mas � evasivo sobre o pedido de coliga��o para a elei��o proporcional e se omite sobre a coliga��o com os tucanos.
"Entendemos que o documento do PSB n�o atendia nossas reivindica��es. Reconhecemos o resultado da vota��o, mas n�o acataremos nenhum encaminhamento que tenha o PSDB na alian�a. N�o vamos fazer campanha com o PSDB", disparou o presidente do diret�rio municipal petista e vice-prefeito, Roberto Carvalho. Desafeto p�blico de Lacerda, Carvalho � o maior defensor da candidatura pr�pria do PT e admitiu a possibilidade de o grupo derrotado aderir � campanha do PMDB, que deve lan�ar chapa puro-sangue para a disputa em Belo Horizonte. "Vamos fazer uma plen�ria para decidir nosso rumo. Ainda tem muito ch�o pela frente", disse.
Nos bastidores, por�m, petistas assumem que a alian�a em torno de Lacerda tem peso para receber o apoio do PSB em S�o Paulo e outras capitais, como Recife e Salvador, al�m de a legenda comandada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ser aliada essencial para a disputa presidencial de 2014. Na �ltima quarta-feira, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva j� havia se reunido com Falc�o e duas das principais lideran�as petistas em Minas, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior) e o ex-ministro Patrus Ananias, para reafirmar a necessidade de coliga��o com os socialistas em Belo Horizonte.
Para Roberto Carvalho, a interfer�ncia de Lula e Falc�o foi "praticamente uma interven��o" no diret�rio mineiro. "O Rui Falc�o fez um papel deplor�vel. Veio �s v�speras do encontro fazer praticamente uma interven��o. Foi autorit�rio e desrespeitoso. Quanto ao Lula, tem nosso carinho, respeito e apoio, mas n�o � morador de Belo Horizonte", disparou. Um dos integrantes da dire��o petista que trabalha pela coliga��o evitou polemizar com o vice-prefeito, mas considerou "uma tentativa de golpe" a decis�o do grupo liderado por Carvalho decidir abandonar a campanha. "Tudo foi decidido de forma democr�tica, pelos delegados do partido", declarou.