O l�der do PT na C�mara, Jilmar Tatto (SP), afirmou que, nesta ter�a-feira, os partidos j� dever�o ter conclu�do o recolhimento de assinaturas para protocolar o pedido de cria��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que vai investigar as rela��es pol�ticas do empres�rio do jogo, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. S�o necess�rios, pelo menos, 171 apoios na C�mara e 27, no Senado, para a cria��o da CPI mista. "N�o h� recuo por parte do PT", disse Tatto. "Essa CPI n�o � contra a oposi��o nem contra o governo. � para investigar uma organiza��o criminosa que engendrou no Estado brasileiro", continuou.
Enquanto as assinaturas s�o recolhidas, a oposi��o tra�a a estrat�gia de aproveitar a CPI para tentar trazer de volta � cena o esc�ndalo do "mensal�o", que atingiu o governo do presidente Lula em 2005. Para Tatto, o chamado mensal�o tem sua rota pr�pria e os envolvidos no esc�ndalo dever�o ser julgados, neste ano, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O l�der considera que o DEM e o PSDB buscam desviar o foco da CPI, porque as investiga��es da Opera��o Monte Carlo da Pol�cia Federal chegaram aos dois partidos. O senador Dem�stenes Torres (GO) deixou o DEM e responde a processo de perda de mandato no Conselho de �tica do Senado e auxiliares pr�ximos do governador Marconi Perillo (GO) aparecem nas investiga��es da PF envolvidas com o esquema de Cachoeira.
Assim que for criada a CPI do Cachoeira, os partidos ter�o 48 horas para indicar os nomes que integrar�o a comiss�o - 15 deputados e 15 senadores, distribu�dos entre os partidos de forma proporcional ao tamanho das bancadas. A presid�ncia ser� ocupada por um senador do PMDB, provavelmente o peemedebista Vital do Rego (PB), e o relator ser� um deputado do PT. Tatto afirmou n�o ter decidido ainda o nome do relator. "V�rios deputados t�m me ligado, colocando-se � disposi��o, mas ainda n�o h� uma defini��o", disse. O l�der, no entanto, descarta indicar algum petista que v� disputar as elei��es municipais em outubro.