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Estado de Minas

Na pris�o, Cachoeira tem direito a TV e visita �ntima

Al�m de televis�o livre, ele pode receber comida trazida de fora e ter� mais liberdade para receber visitas - mas n�o pode falar ao telefone, sob pena de ter os privil�gios cortados


postado em 18/04/2012 19:19 / atualizado em 18/04/2012 19:26

Abatido e 16 quilos mais magro, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, est� desde esta quarta-feira preso na ala federal do complexo penitenci�rio da Papuda, � disposi��o da Justi�a e da CPI Mista do Congresso, que investigam a rede criminosa comandada por ele em Goi�s e no Distrito Federal com apoio de pol�ticos e autoridades. Um de seus primeiros pedidos foi uma TV de plasma para assistir ao notici�rio e se inteirar do que ocorre no mundo externo.

Al�m de televis�o livre, ele pode receber comida trazida de fora e ter� mais liberdade para receber visitas - mas n�o pode falar ao telefone, sob pena de ter os privil�gios cortados. Embora n�o tenha curso superior, Cachoeira tem direito a essa regalia por ser preso provis�rio, n�o condenado. Como saiu do regime de seguran�a m�xima que vinha cumprindo na penitenci�ria federal de Mossor� (RN), ele tem direito tamb�m agora a visitas �ntimas, a mais horas di�rias de banho de sol e acesso a advogados a qualquer hora do dia, como prev� a Lei de Execu��es Penais. Os dias de visita na Papuda s�o �s quartas e quintas-feiras, das 9 �s 17h.

Cachoeira � casado com a goiana Andressa Alves Mendon�a, de 30 anos, ex-mulher do empres�rio Wilder Pedro de Moraes, suplente do senador Dem�stenes Torres (DEM), alvo de inqu�rito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de liga��o com o bicheiro e defender no Congresso os interesses da organiza��o criminosa. Se quiser, Cachoeira pode ter nesta quinta sua primeira visita �ntima desde que foi preso, em 29 de fevereiro passado, na Opera��o Monte Carlo.

O contraventor tem como parceiros de cela os irm�os Jos� Ol�mpio e Raimundo Washington Queiroga, s�cios de Cachoeira na explora��o de jogos ilegais em Goi�s e na regi�o do entorno do DF. A coloca��o dos tr�s juntos tem um sentido estrat�gico, segundo fontes policiais ouvidas pelo Grupo Estado. Como s�o acusados de contraven��o - um delito de menor potencial ofensivo - eles podem optar pelos benef�cios da dela��o premiada e se livrar de uma condena��o mais pesada.

Nesse caso, eles teriam de entregar todo esquema criminoso, inclusive sua extensa rede de liga��es com pol�ticos e membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judici�rio. A defesa nega que a Pol�cia Federal ou o Minist�rio P�blico tenham oferecido a dela��o premiada. "N�o que seja do meu conhecimento", afirmou o jurista M�rcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justi�a e coordenador da defesa do contraventor. Ele se reunir� nesta quinta com Cachoeira para definir os pr�ximos passos da defesa.

A ala federal da Papuda tem capacidade para 24 detentos, distribu�dos em quatro celas, cada uma com seis vagas. Cachoeira chegou a Bras�lia �s 8h05, em voo comercial e �s 8h30 deu entrada no pres�dio, depois de fazer exame de corpo de delito. Ele viajou algemado e em sil�ncio a maior parte do tempo. Em alguns momentos demonstrou estar deprimido e queixou-se de n�o ter ido ao enterro da m�e, ocorrido ontem em An�polis (GO).


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