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Estado de Minas

Relator da CPMI de Cachoeira defende apura��o focada em pol�ticos

Indicado pelo PT, o mineiro Odair Cunha assume o principal cargo da comiss�o de inqu�rito sobre os neg�cios do Cachoeira e diz que o fato de ser vice-l�der do governo n�o � entrave para a tarefa


postado em 25/04/2012 06:00 / atualizado em 25/04/2012 07:04

Os nomes da comissão de inquérito foram confirmados em sessão de ontem no Congresso(foto: Saulo Cruz/Agência Câmara )
Os nomes da comiss�o de inqu�rito foram confirmados em sess�o de ontem no Congresso (foto: Saulo Cruz/Ag�ncia C�mara )
Anunciado nessa ter�a-feira pelo PT como o relator da Comiss�o Parlamentar Inqu�rito (CPI) Mista do Cachoeira, o deputado federal Odair Cunha (PT-MG) afirmou que a investiga��o ser� realizada “doa a quem doer”, repetindo frase atribu�da ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Ele destacou, entretanto, que os trabalhos ser�o centralizados nas rela��es de pol�ticos com o empres�rio do jogo ilegal Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, enquanto a oposi��o insiste em ampliar o foco, cobrando, por exemplo, a apura��o detalhada dos neg�cios da Construtora Delta – a principal do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e que teria liga��es com bicheiro – com os governos federal e estaduais.

O deputado negou que o fato de ser vice-l�der do governo na C�mara represente algum impedimento para que exer�a a relatoria. "Todos n�s aqui temos rela��es com o governo Dilma. � importante termos clareza de que estamos investigando Carlinhos e suas rela��es. N�o se trata de uma investiga��o que necessariamente v� para cima do Planalto ou de qualquer integrante do governo. Queremos investigar o fato determinado que originou a CPI", disse.

Odair � deputado de confian�a do Pal�cio do Planalto e foi relator da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorrogou a Desvincula��o das Receitas da Uni�o (DRU), projeto de interesse do governo. Segundo o parlamentar, os primeiros convocados a prestar depoimento na comiss�o dever�o ser ouvidos na segunda semana de maio. A defini��o dos nomes ocorrer� depois da an�lise de documentos das opera��es da Pol�cia Federal Monte Carlo e Vegas, que ser�o requisitados � Justi�a pela CPI.

As articula��es para instala��o da comiss�o come�aram a tomar forma depois de o senador Dem�stenes Torres (sem-partido-GO) ter sido flagrado em escutas da Pol�cia Federal conversando com o bicheiro. A principal suspeita � de tr�fico de influ�ncia. Cachoeira, por interm�dio de Dem�stenes, fazia indica��es para cargos e discutia com o parlamentar o comportamento que deveria adotar na tramita��o de projetos. O senador pertencia ao DEM, mas se desfilou do partido depois do esc�ndalo e agora responde a processo no Conselho de �tica do Senado por quebra de decoro parlamentar.

Al�m de Odair, o PT ter� como titulares da CPI os deputados C�ndido Vaccareza (SP), ex-l�der do governo na C�mara, e Paulo Teixeira, ex-l�der do PT na C�mara. Como suplentes foram indicados os deputados Dr. Rosinha (PR), Sib� Machado (AC) e Luiz S�rgio (RJ). A Presid�ncia da CPI ficar� com o senador Vital do R�go (PMDB-PB). Conforme o regimento para cria��o de CPIs mistas, o partido com a maior bancada no Senado indica a presid�ncia da comiss�o, enquanto a legenda com segunda maior bancada fica com a relatoria.

Disputa

A relatoria � considerada o principal cargo das comiss�es parlamentares de inqu�rito, por ditar o ritmo das investiga��es. O deputado negou que tenha havido um veto do Planalto ao deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP), que, ao lado de Paulo Teixeira (SP), tamb�m estava na disputa. O relator afirmou ainda que n�o pode ser considerado mais fiel que os outros colegas petistas. "N�o sou nem mais nem menos governista do que qualquer deputado da bancada do PT."

O nome de Vaccarezza enfrentava resist�ncias no Pal�cio do Planalto para relatar a CPI, enquanto Teixeira foi vetado por grupo do pr�prio partido. Cunha corria por fora com o apoio de parte da bancada petista. O PT buscava um nome com respaldo da sigla e que, ao mesmo tempo, conseguisse blindar o governo nas investiga��es. (Com ag�ncias)


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