Bras�lia - Instalada nesta quarta-feira no Congresso, a Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira promete ser o palco de disputa entre oposi��o e governistas, pelo menos no per�odo que antecede a campanha para as elei��es municipais de outubro. Os dois lados j� come�aram divergindo sobre a forma de trabalho.
Os oposicionistas, representados principalmente pelo DEM e pelo PSDB, querem a distribui��o dos trabalhos em subrelatorias, m�todo usado para acelerar as investiga��es na CPI dos Correios, em 2005. Os oposicionistas alegam o amplo foco das investiga��es da comiss�o.
O senador �lvaro Dias (PSDB-PR) defendeu que se os trabalhos ficarem concentrados unicamente no relator, a CPMI n�o atender� aos objetivos para os quais foi criada. "S�o tantas vertentes dessa CPMI, temos duas opera��es da Pol�cia Federal, temos crimes de contraven��o, jogos ilegais, envolvimento de agentes p�blicos e privados. � uma investiga��o muito ampla. Concentrar o trabalho em uma pessoa s� � trabalhar a favor da inefic�cia", disse. “O que vai acontecer � que, se permanecer essa forma de trabalho, teremos um relat�rio, ao final, aqu�m do que essa comiss�o deveria produzir”, completou o senador.
A CPMI foi instalada oficialmente hoje. O relator e o presidente, senador Vital do R�go (PMDB-PB), foram oficializados e a CPMI decidiu, por unanimidade, requisitar do Supremo Tribunal Federal (STF) e � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) os documentos das opera��es Vegas e Monte Carlo, da Pol�cia Federal.
O relator da CPMI discorda da divis�o do trabalho em subrelatorias. "A princ�pio eu julgo n�o ser necess�ria a constitui��o de subrelatorias. Na verdade, cada parlamentar �, se quiser ser, um subrelator, depende da disposi��o dele. Quero valorizar todos os integrantes da CPMI, que ter�o condi��es de participar do nosso relat�rio", disse Odair Cunha, ao final da reuni�o.
At� a pr�xima quarta-feira, o relator disse que trabalhar� somente para tra�ar uma estrat�gia para a CPMI e que as defini��es sobre convoca��es ser�o discutidas ap�s a an�lise dos documentos. "Faremos uma an�lise pr�via dos documentos e, a partir dessa an�lise, � que n�s vamos decidir sobre as pessoas a serem convocadas", enfatizou.