Problemas de infraestrutura e a enorme burocracia para receber os repasses dos governos federal e estadual. Foram os principais temas das rodinhas entre os cerca de 60 prefeitos de pequenas cidades que participaram ontem, no Pal�cio Tiradentes, da cerim�nia de assinatura de 115 conv�nios entre o governo de Minas e as cidades que v�o receber recursos do programa Travessia, destinado ao atendimento das popula��es em situa��o de vulnerabilidade e priva��o social. Os que administram munic�pios que sofreram com as chuvas de ver�o e aquelas que j� enfrentam as agruras provocadas pela longa estiagem foram os que mais reclamaram.
J� o prefeito de Materl�ndia, no Vale do Rio Doce, Marques Serafim de Pinho (PPS), se mostrou desanimado quanto �s promessas de mais repasses e investimentos para obras de preven��o contra desastres naturais. “N�o tem adiantado pedir n�o. Decretamos estado de emerg�ncia no in�cio do ano, com uma situa��o dram�tica por causa das chuvas e ouvimos compromissos de que seriam feitas obras r�pidas de recupera��o e outras de preven��o. Mas at� agora estamos esperando”, cobrou. Com 4,7 mil habitantes, a cidade teve a principal estrada de acesso interditada por uma cratera que se abriu com as chuvas de janeiro.
J� o prefeito de Jana�ba, no Norte de Minas, Jos� Benedito (PT), reclama da estiagem “A aten��o aos pequenos munic�pios est� ficando cada vez menor. Projetos dos governos estadual e federal existem, mas a libera��o de verbas continua muito demorada e esbarrando em detalhes burocr�ticos”, afirmou.
Travessia
Ao assinar os 115 conv�nios para o repasse de recursos do Programa Travessia, destinados � execu��o dos Projetos Porta a Porta, Travessia Social, Com Licen�a Vou � Luta e Banco Travessia, o governador Antonio Anastasia lembrou que o programa permitir� que pequenos munic�pios mineiros melhorem o �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), “O objetivo do Travessia � incluir a popula��o dos munic�pios menores de todas as regi�es do Estado para permitir a eles um sentimento de melhor viver em Minas, de prosperidade, de desenvolvimento. Isso se faz de acordo com essa nova metodologia: a partir de um diagn�stico feito, de porta em porta, percebendo as necessidades de cada fam�lia”, afirmou.