O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, disse que n�o vai � CPI Mista do Cachoeira para prestar informa��es sobre as investiga��es em torno do esquema comandado pelo contraventor de jogos ilegais. O convite tinha sido feito pelo presidente da comiss�o, Vital do R�go (PMDB-PB), e pelo relator Odair Cunha (PT-MG), que se encontraram com o procurador na manh� desta quarta-feira.
Por meio da assessoria de imprensa, Gurgel divulgou uma nota � imprensa, em que afirma que existem dificuldades jur�dicas para o seu comparecimento � CPI. Segundo o comunicado, "eventual depoimento seu � comiss�o poder� futuramente torn�-lo impedido para atuar nos inqu�ritos em curso e a��es penais subsequentes".
O texto acrescenta que, somente no dia 9 de mar�o deste ano, a Justi�a Federal em Goi�s encaminhou ao procurador-geral da Rep�blica o material relativo � Opera��o Monte Carlo. "Este material, agora sim, reunia ind�cios suficientes relacionados a pessoas com prerrogativa de foro e, assim, menos de 20 dias depois, em 27 de mar�o, o procurador-geral da Rep�blica requereu a instaura��o de inqu�rito no STF, anexando tudo o que recebeu nas duas oportunidades (Opera��es Las Vegas e Monte Carlo)."
Gurgel explica ainda que o Minist�rio P�blico Federal � o titular da a��o penal, a quem cabe definir os rumos e estrat�gias da investiga��o. Ressalta que o material do inqu�rito � muito vasto e est� sendo analisado com o devido crit�rio e a necess�ria prioridade, "e que n�o se furtar� a investigar quem quer que seja".
A Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) foi instalada em 19 de abril �ltimo no Congresso, para apurar o envolvimento de Carlinhos Cachoeira com agentes p�blicos e privados. Para sua instala��o, a comiss�o teve o apoio de 337 deputados e 72 senadores - n�mero de assinaturas bem superior ao m�nimo necess�rio, de 171 deputados e 27 senadores.