'Guerra Santa' contra juro faz de poupan�a 1� v�tima, diz PSDB

A mudan�a nas regras de remunera��o da caderneta de poupan�a, que deve ser anunciada nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff como forma de facilitar a queda dos juros b�sicos, j� provocou a rea��o do PSDB. O Instituto Teot�nio Vilela (ITV), bra�o de formula��o pol�tica e econ�mica do partido, divulgou uma an�lise alertando que a poupan�a, considerada o porto seguro das pequenas economias, "ser� a primeira v�tima a pagar o pato da guerra santa (de Dilma) contra os juros". Para os tucanos, a poupan�a foi escolhida porque a presidente petista n�o demonstra coragem para mexer no que realmente interessa: tributos e ganhos de bancos.

Nas cr�ticas � condu��o dessa quest�o pelo governo petista, os tucanos tamb�m fazem alus�o ao confisco na poupan�a adotado no governo do ent�o presidente (e hoje senador) Fernando Collor de Mello. O argumento � de que se realmente uma das propostas em discuss�o pelo governo Dilma - de cobran�a de Imposto de Renda nas aplica��es da poupan�a - for implantada, a presidente estar� quebrando contratos. "O m�nimo que se espera de um governo � que honre compromissos, esta � uma regra b�sica de regimes democr�ticos e n�o uma concess�o. Com a tunga nas cadernetas, o PT repete a traum�tica experi�ncia que o Pa�s viveu h� 22 anos, com o hoje aliado Fernando Collor de Mello. Quem menos tem � sempre quem paga a conta", diz o instituto tucano.

De acordo com o PSDB, a mudan�a nas cadernetas de poupan�a vem sendo ensaiada h� algum tempo. "Sempre que os juros b�sicos se aproximam de seu piso hist�rico, isto �, 8,75% ao ano, a conversa volta. Desta vez, parece que a presidente resolveu pagar para ver." Na an�lise, o instituto reconhece que "todo mundo quer que os juros caiam o m�ximo poss�vel no Brasil e ningu�m duvida que as elevadas taxas praticadas aqui s�o estapaf�rdias". Os tucanos sabem, ainda, que o rendimento prefixado da poupan�a cria uma limita��o � redu��o dos juros b�sicos. Entretanto, dizem n�o aceitar o fato de que neste momento virtuoso, com a esperada redu��o dos juros, "os pequenos poupadores sejam os primeiros chamados a pagar a conta".

Caso a Selic fique em 8,5% ou abaixo disso, a caderneta de poupan�a passaria a render mais que as aplica��es de renda fixa e se tornaria mais atraente ao investidor. O receio do governo � que ocorra uma debandada dos fundos de investimentos para a caderneta, o que causaria um problema para o financiamento da d�vida p�blica, uma vez que os fundos s�o os compradores de t�tulos do governo.

Os tucanos, no entanto, dizem que "ser mais rent�vel" est� se tornando um "pecado para a op��o preferencial de quem poupa centavos". E reiteram: "� curioso que nestes s�culos todos em que ocorreu o inverso - fundos de quem investe milh�es serem mais atraentes que a poupan�a - ningu�m se incomodou, nem fez men��o de qualquer mudan�a."

O PSDB sugere que se � para implodir o piso dos juros, "o que � desej�vel", e evitar que a poupan�a tenha maior rendimento que os fundos, o governo deveria diminuir, primeiro, o tributo que cobra de quem investe. "Fundos de investimento pagam at� 22,5% de Imposto de Renda. Por que n�o reduzir a mordida do Le�o? Por que, em seguida, o governo n�o orienta uma baixa geral nas taxas de administra��o? H� casos - at� mesmo nos bancos p�blicos - em que elas comem quase metade do rendimento dos fundos." E volta a criticar: "A gest�o petista n�o quer, por�m, nem pensar nestas alternativas. Prefere come�ar pelo elo mais fraco, ou seja, o pequeno poupador."