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Estado de Minas

CPMI do Cachoeira tem dois meses para dar resultados

Parlamentares j� temem que preocupa��o com elei��o inviabilize trabalhos da comiss�o que investiga rela��es pol�ticas de Cachoeira


postado em 07/05/2012 06:42 / atualizado em 07/05/2012 07:17

Bras�lia – A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) Mista do Cachoeira tem no calend�rio um risco em potencial para n�o chegar a lugar algum, caso essa seja a inten��o dos parlamentares que comp�em o colegiado, instaurado para investigar as rela��es do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com pol�ticos e representantes de grandes empresas. No Congresso, deputados e senadores j� demonstram preocupa��o com a proximidade das elei��es municipais deste ano, marcadas para outubro, que pode servir como instrumento para frear os esfor�os da comiss�o para concluir as investiga��es, previstas para terminar no come�o de novembro.

Embora a largada da corrida por votos esteja marcada para 5 de julho, data de in�cio oficial da campanha, tradicionalmente, os partidos come�am o movimento eleitoral j� em meados de maio, quando est�o previstos os depoimentos de personagens-chave da CPI, como Carlinhos Cachoeira e o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO).

Assinada por parlamentares governistas e da oposi��o, a CPI surge como risco iminente �s pretens�es eleitorais de todas as legendas, dada a imprevisibilidade dos rumos que ela tomar� desta semana em diante, quando a investiga��o ganhar� musculatura a partir da convoca��o dos principais suspeitos e da an�lise dos inqu�ritos origin�rios das opera��es Vegas e Monte Carlo, ambas da Pol�cia Federal. E a prova real das urnas, historicamente, exp�e a rejei��o do eleitorado a candidatos cujos nomes tenham constado na lista de suspeitos em esc�ndalos nacionais. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), nas elei��es de 2006, dos 92 parlamentares acusados de envolvimento com os esquemas do mensal�o (em 2005) e da m�fia dos sanguessugas (2006), 70 se lan�aram candidatos, mas apenas 13 deles foram eleitos.

Parlamentares da oposi��o acusam a base aliada de direcionar a apura��o de acordo com os interesses do Pal�cio do Planalto e afirmam que o per�odo eleitoral vai coincidir com o sepultamento da comiss�o. “O plano de trabalho apresentador pelo relator da CPI (deputado Odair Cunha, do PT-MG) j� sugere isso. O cronograma prev� uma redu��o do pique da comiss�o no per�odo eleitoral. Nossa ideia � lutar contra isso, fazendo com que os trabalhos corram para valer, independentemente das elei��es, que interessam prioritariamente aos grandes partidos, PT, PSDB e PMDB”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), que pretende apresentar requerimento pedindo que as sess�es das segundas e sextas-feiras sejam transformadas em deliberativas, em que s�o votadas as mat�rias legislativas e que hoje, pelo regimento, ocorrem das ter�as �s quintas-feiras.

�libi


O presidente nacional do PSDB, deputado federal S�rgio Guerra (PE), enxerga no per�odo eleitoral o �libi necess�rio � redu��o do ritmo das investiga��es. “Para que se mantenha at� o fim, a CPI precisar� ter procedimentos investigativos mais s�rios do que os que foram apresentados, que regionalizam a investiga��o na dire��o de governos da oposi��o. N�o sei se h� vontade pol�tica para lev�-la adiante, e o calend�rio eleitoral aparece como um instrumento eficiente para o esfriamento da apura��o”, disparou.

Ao ser escolhido, o presidente da comiss�o, senador Vital do R�go (PMDB-PB), afirmou que ia sugerir � comiss�o apreciar a possibilidade de cancelar o recesso parlamentar. O argumento da base aliada para sustentar que a CPI atravessar� o per�odo eleitoral sem perder for�a est� na indica��o dos parlamentares que comp�em o colegiado. Os l�deres acertaram que indicariam somente quem n�o fosse pr�-candidato a cargo eletivo este ano. “N�o h� risco de a coisa esfriar. A CPI tem 180 dias para apresentar o relat�rio final e j� come�a com material de sobra. J� h� uma organiza��o criminosa identificada, oitivas agendadas e quebras de sigilos previstos”, elencou o deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP).

 


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