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Estado de Minas

Esquema de Carlinhos Cachoeira tinha 'infiltrado' na CGU


postado em 09/05/2012 07:14

A organiza��o criminosa liderada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, operou dentro da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) para prejudicar um concorrente da Delta Constru��es.

Investiga��es da Pol�cia Federal mostram que a empreiteira quis usar um funcion�rio ligado ao araponga Idalberto Matias Ara�jo, o Dad�, para atingir a Warre Engenharia e Saneamento - empresa envolvida em irregularidades em obras em Goi�nia. A CGU j� requisitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) c�pia do inqu�rito da Opera��o Monte Carlo e deve instaurar sindic�ncia interna.

Chamado pelo araponga de “amigo l� da CGU” e “companheiro da CGU”, o suposto servidor do �rg�o de controle interno do governo federal teria atuado para incluir a Warre em auditoria realizada no ano passado para apurar desvios cometidos em conv�nios firmados pelo Minist�rio do Turismo com ONGs.

As fraudes j� haviam sido alvo de outra investiga��o da PF, batizada de Opera��o Voucher, realizada no dia 9 de agosto do ano passado, mas que n�o colocou a empreiteira no radar da PF.

Em conversa telef�nica gravada horas depois da a��o dos agentes federais no Minist�rio do Turismo, Abreu pediu para Dad� plantar informa��es que ligassem a construtora concorrente, sediada em Goi�nia, com as irregularidades identificadas na pasta. Entre as 36 pessoas presas na Opera��o Voucher estava o ent�o secret�rio executivo do minist�rio, Frederico Silva da Costa. Segundo Abreu “o ex-n�mero dois” era ligado � Warre.

“O pessoal da Warre Engenharia � aqui da cidade. O dono dela � o Paulo Daher e o filho dele, o Ricardo Daher. (...) Eles s�o amigos de inf�ncia. E esse cara que foi preso a� (Frederico) arrumou dinheiro pra eles e direcionou as obras”, explicou Abreu a Dad�.

“Ent�o, d� pra plantar isso a�? Os caras fazerem a liga��o com eles?”, questiona o empreiteiro. O araponga, ent�o, responde: “D�. Se n�o der, a gente coloca na m�dia, n�? Que a� os caras se interessam. Vou falar com aquele amigo l� da CGU”, diz Dad�.

Auditoria

O impacto das revela��es da Opera��o Voucher levou a presidente Dilma Rousseff a instaurar uma auditoria em todos os conv�nios do Minist�rio do Turismo. Al�m das fraudes em conv�nios com 22 ONGs j� identificadas pela Opera��o Voucher, o documento incluiu um anexo exclusivo sobre as irregularidades cometidas pela Warre no Parque Mutirama.

A cita��o das obras do Parque Mutirama em reportagens e a investiga��o da CGU acabaram preocupando Cachoeira. No dia 15 de agosto do ano passado, o contraventor procurou Dad� para tentar blindar a Warre. Em conversa gravada pela PF, o bicheiro revelou ao araponga que era “s�cio” do empreendimento no parque goiano e que receberia 30% dos R$ 80 milh�es investidos. “Eu tenho 30% e eles t�m 70%. Ent�o, eu quero blindar eles, sen�o pinga em mim”, diz Cachoeira ao auxiliar. Mas a opera��o de “desgaste” j� tinha sido desencadeada.

A Warre informou que n�o tem rela��es com Cachoeira nem com a Delta. Apesar de ser citada 15 vezes no relat�rio de dezembro da CGU, a empresa nega ter sido alvo de qualquer procedimento do �rg�o de controle. A Delta disse desconhecer o assunto.

Origem da disputa

A origem da briga entre a Delta e a Warre est� na obra de instala��o, pavimenta��o e melhorias da rodovia TO-030, em conv�nio entre o Minist�rio do Turismo e o governo de Tocantins. Cada empresa ficou com um lote da empreitada, com cerca de 66,5 km. A Warre faturaria R$ 75,6 milh�es e a Delta R$ 74,3 milh�es. A obra est� paralisada. Claudio Abreu, da Delta, disse, por�m, a Dad� que n�o receberia, pois o ent�o secret�rio executivo do minist�rio, Frederico da Costa, n�o liberava os recursos.


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