Bras�lia - O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, voltou a se defender das acusa��es de ser conivente com as atividades do grupo liderado pelo empres�rio Carlinhos Cachoeira em resposta encaminhada � Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira nesta quarta-feira.
No texto encaminhado a CPMI nesta noite, Gurgel informa que n�o procurou o STF porque a Opera��o Vegas detectou apenas desvios no “campo �tico”, insuficientes para a abertura de a��o penal no Supremo. Gurgel ainda informa que teria que pedir o arquivamento do inqu�rito caso os dados fossem enviados ao STF, o que daria publicidade desnecess�ria ao assunto.
“Constatei que n�o havia fato penalmente relevante que pudesse ensejar a instaura��o de inqu�rito no Supremo Tribunal Federal, especialmente rigoroso na exig�ncia de ind�cios concretos da pr�tica de crime para autorizar a formaliza��o de procedimento investigat�rio e dilig�ncias invasivas da privacidade do cidad�o”, argumentou.
Em mar�o de 2011, Gurgel disse ter sido informado sobre a continua��o das investiga��es em Goi�s, preferindo esperar os resultados dessa nova investida para agir. A Opera��o Monte Carlo foi deflagrada em fevereiro deste ano e resultou na pris�o de 28 pessoas, entre elas, o empres�rio Carlinhos Cachoeira.
Para Gurgel, a suspens�o dos resultados da Opera��o Vegas foi um "acerto", pois as apura��es se restringiam � explora��o de jogos ilegais, enquanto a Opera��o Monte Carlo, iniciada posteriormente, escancarou esquema de corrup��o e lavagem de dinheiro envolvendo pol�ticos.
O procurador-geral diz que recebeu os resultados da Opera��o Monte Carlo apenas no dia 9 de mar�o, encaminhando pedido de inqu�rito ao STF 19 dias depois. Gurgel ainda informa que os quatro inqu�ritos que correm no STF est�o embasados exclusivamente nas informa��es colhidas na Opera��o Monte Carlo, e que as cita��es � Opera��o Vegas serviram apenas para contextualizar os fatos.