N�o � s� na CPI do Cachoeira no Congresso Nacional que o governador do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral Filho (PMDB), est� sendo “blindado” pela base aliada.
O projeto de resolu��o � de autoria do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), mas a presid�ncia da Casa se recusa a p�r o texto em vota��o em plen�rio. Para que a CPI seja instalada, s�o necess�rios 36 votos a favor. A Alerj possui 70 deputados.
“O primeiro contrato da Delta com o governo do Rio � de 2000. Para n�o dizerem que estamos perseguindo esse ou aquele governo, pedi para investigar todos os contratos at� hoje, que englobam os mandatos do casal Garotinho e de Cabral”, disse Freixo, que � pr�-candidato � Prefeitura do Rio.
Enquanto a Alerj n�o vota o projeto de resolu��o, o parlamentar iniciou coleta de assinaturas pedindo a abertura da comiss�o. Neste caso, s�o necess�rias 24 assinaturas, mas at� o momento apenas 14 deputados aderiram – nenhum deles do PT, cuja bancada tem 6 parlamentares.
“O PT tem dois secret�rios no governo e precisa agir com responsabilidade. A decis�o da maioria da bancada foi n�o assinar a CPI porque at� agora n�o apareceu nada de ilegal entre a Delta e o governo. Voc� pode at� dizer outras coisas em rela��o �quelas fotos de festas e restaurantes (em Paris), mas ilegal n�o �. Se aparecer qualquer ind�cio de irregularidade, o PT ser� o primeiro a pedir abertura de CPI”, explicou o deputado Andr� Ceciliano, l�der do partido na Alerj.
O presidente da Casa, Paulo Melo (PMDB), tem a mesma justificativa. “N�o existem elementos para uma CPI. Se surgir alguma suspeita de irregularidade entre a empresa e o poder p�blico, a�, sim, vamos investigar. Rela��o pessoal n�o � motivo para abertura de investiga��o no Parlamento”, alegou.
Questionado se o ideal seria colocar o projeto de resolu��o em vota��o no plen�rio para a maioria dos deputados decidir se abre ou n�o a CPI, Paulo Melo foi enf�tico: “Quem decide a pauta da Assembleia � o presidente. Press�o eleitoral ou midi�tica n�o vai influenciar a minha decis�o”.