Bras�lia – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes apresentou nesta ter�a-feira documentos da viagem que fez � Alemanha, em abril do ano passado. Mendes mostrou os documentos a jornalistas antes de ir � sess�o de julgamento da Segunda Turma do STF. Os pap�is apresentados pelo ministro mostram que ele esteve na Europa entre 12 e 25 de abril, para participar de um evento acad�mico na Universidade de Granada. A passagem de ida, de Guarulhos (SP) a Granada (Espanha), com conex�o em Madri, e a passagem de volta, trecho Berlim–Frankfurt (Alemanha)–Guarulhos (SP)–Bras�lia, foram pagas pelo STF e custaram R$ 16,1 mil.
Mesmo garantindo que n�o pegou carona com o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), Mendes disse que n�o veria problemas em faz�-lo. Ele lembrou que foi duas vezes a Goi�nia a convite do senador, uma com o ex-ministro do Supremo Nelson Jobim e o atual ministro Antonio Dias Toffoli, e outra com Toffoli e a ministra do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) Fatima Andrighi. “Agora, por que esse tipo de not�cia? Se eu tivesse pegado o avi�o, se ele [Dem�stenes] tivesse me oferecido? Eu tinha algum envolvimento com o eventual malfeito dele?”
O ministro atribuiu ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva a responsabilidade pela divulga��o de informa��es sobre a viagem � Europa que, segundo ele, nada tem de ilegal. Segundo Mendes, Lula recebeu essas informa��es de “g�ngsters” e "bandidos" interessados em plantar not�cias falsas.
Perguntado por jornalistas se Lula seria a fonte dessas not�cias, Mendes respondeu:. “As not�cias que me chegaram s�o que sim, que ele era a central de divulga��o disso, o pr�prio presidente”. E completou: “Colegas de voc�s [jornalistas] que me disseram isso”.
Mendes disse que as informa��es falsas de que teria rela��es com Dem�stenes e com o empres�rio goiano Carlinhos Cachoeira s�o uma tentativa de desmoralizar o Supremo, que est� prestes a iniciar o julgamento do mensal�o. “O objetivo era melar o julgamento do mensal�o, dizer que o Judici�rio est� envolvido em uma rede de corrup��o. Tentaram fazer isso com o [procurador-geral da Rep�blica, Roberto] Gurgel e est�o fazendo isso agora”.