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Estado de Minas

Ayres atua no STF para abafar crise entre Lula e Mendes


postado em 31/05/2012 09:58

Com palavras conciliadoras e um encontro na resid�ncia do ministro Gilmar Mendes, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, atuou como bombeiro para abafar a crise que colocou a Corte em rota de colis�o com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Na noite de ter�a-feira, horas depois de ter se encontrado com a presidente Dilma Rousseff no Pal�cio do Planalto, o presidente do Supremo foi � casa de Gilmar Mendes. “N�o fui l� para me solidarizar ou recriminar. Fui conversar com ele”, disse nesta quarta-feira Britto.

“Foi uma iniciativa minha. Trocamos umas ideias”, acrescentou o presidente do Supremo. “Ele (Mendes) estava razoavelmente bem.”

A reuni�o ocorreu ap�s a posse do ministro Jos� Antonio Dias Toffoli no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e depois de uma cerim�nia na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Esperado na solenidade do TSE, Gilmar Mendes n�o apareceu. Horas antes, em entrevista coletiva a jornalistas, Mendes tinha feito v�rias acusa��es a Lula e a pessoas que, na opini�o do ministro, tentam atrapalhar o julgamento do mensal�o ao espalharem boatos de que uma viagem a Berlim teria sido paga pelo esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mendes diz que o Supremo arcou com parte dos custos, pois se tratava de viagem oficial, e que ele pr�prio pagou os demais valores.

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Antes de falar com Mendes, Ayres Britto conversou com todos os integrantes do STF, pessoalmente ou por telefone. Ministros confidenciaram que a imagem do tribunal passou por um desgaste com essa crise e que era preciso estancar o processo.

Mas a maioria concluiu que n�o era o caso de o Supremo defender publicamente Mendes, at� porque uma nota oficial do STF acrescentaria tens�o ao caso, em vez de esvazi�-lo. Indagado sobre a falta de uma manifesta��o oficial do tribunal em defesa de Mendes, Britto disse que o colega n�o pediu nada e ningu�m tomou a iniciativa “porque entendeu que n�o h� gravidade suficiente para isso”. Mas, a pessoas pr�ximas, Mendes disse ter comentado com Ayres Britto que o sangue subira � sua cabe�a.

Nesta quarta, menos de 24 horas ap�s o “desabafo” de Mendes, o ministro chegou � sess�o plen�ria do STF sem querer dar entrevista, numa demonstra��o de que Ayres Britto teria conseguido convenc�-lo a maneirar nas acusa��es.

Ayres Britto, por sua vez, negou que o ocorrido tenha desgastado a imagem da Justi�a. “O Judici�rio est� imune a esses dissensos. Tenho dito reiteradamente que somos experimentados em enfrentamento de situa��es de toda ordem. Isso n�o nos tira do eixo. N�o perdemos o foco que o nosso dever � julgar todo e qualquer processo, inclusive esse chamado de mensal�o, com objetividade, imparcialidade, serenidade, enfim, atentos todos n�s �s provas dos autos.”

O presidente do STF disse que n�o h� risco de uma crise institucional. “N�o vejo por esse prisma de nenhum modo. O Supremo Tribunal Federal � sobranceiro, altivo, independente, consciente de sua fun��o institucional. E n�o se afasta disso.”

Ayres Britto negou que tenha conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre o epis�dio. Na ter�a-feira, os dois estiveram juntos. “Conversamos sobre assuntos variados da administra��o p�blica, que diz respeito aos dois poderes, mas focadamente discutimos a Rio +20. Sua Excel�ncia me convidou para fazer parte da delega��o”, disse, sobre o encontro que durou mais de uma hora.

O presidente do Supremo defendeu que o julgamento do mensal�o seja marcado, at� para evitar mais desgaste. Mas disse que isso somente ocorrer� ap�s o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, concluir o seu voto. A expectativa � de que isso ocorra em meados de junho.


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