PT promete encerrar novela do vice em BH neste domingo

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), vai conhecer hoje o nome do vice-prefeito que pode acompanh�-lo por mais quatro anos de mandato, caso consiga viabilizar a reelei��o da chapa PSB-PT em outubro. Depois de muita especula��o, a corrida pela vaga come�a com desfalques, j� que quatro dos sete inscritos na quarta-feira n�o devem nem dar a largada na competi��o. As conversas avan�aram pela madrugada de hoje para fechar em tr�s nomes a vota��o no encontro do PT que acontece hoje: do ex-procurador do munic�pio Marco Ant�nio de Rezende Teixeira, do deputado federal Miguel Corr�a Jr. e do ex-superintendente da Funda��o Municipal de Parques e Jardins Luiz Gustavo Fortini.

Apesar da indefini��o nas �ltimas semanas, h� possibilidade de a vota��o ser decidida em apenas um turno. Caso isso n�o ocorra, uma segunda vota��o ser� feita ainda hoje, conforme o prazo estabelecido pela legenda e o desejo das principais lideran�as. O deputado federal Miguel Corr�a Jr. � apontado como o favorito. Se n�o houver trai��o, ele tem maioria num�rica dos delegados e pode chegar aos 270 votos, o que lhe daria uma vit�ria em primeiro turno. Indo para uma segunda etapa, ele pode ter a simpatia dos contr�rios a um nome vinculado ao governo Lacerda, o que tamb�m lhe tornaria favorito. Nos bastidores, � o �nico que estaria disposto a levar a disputa at� o fim.

Tanto empenho encontra respaldo nos planos pol�ticos do parlamentar. Trabalhando para concorrer � prefeitura em 2016, Miguel Corr�a poderia antecipar sua trajet�ria, caso se confirme uma candidatura de Marcio Lacerda ao governo do estado em 2014. Tamb�m � o preferido dos tucanos por ter um perfil mais conciliador. O prefeito Marcio Lacerda, no entanto, trabalha nos bastidores para emplacar Marco Ant�nio de Rezende, que foi seu procurador e do governo do petista Fernando Pimentel.

O grupo dos candidatos colocados como t�cnicos se reuniu ontem mais uma vez para tentar chegar a um nome de consenso. Na quarta-feira, conforme informou o Estado de Minas, Marco Ant�nio, os ex-secret�rios de Pol�ticas Sociais Jorge Nahas e de Obras Murilo Valadares o deputado estadual Paulo Lamac, o l�der do governo Tarc�sio Caixeta e o presidente da Prodabel ,Paulo Moura, se encontraram numa cervejaria para tentar um acordo no qual o ex-procurador seria o nome ideal. Mas, apesar do apelo por Marco Ant�nio, at� a noite de ontem o deputado federal Virg�lio Guimar�es insistia em colocar o seu candidato, o ex-secret�rio de Obras Murilo Valadares, como o candidato �nico. J� eram dados como certos que abririam m�o Nahas e Lamac. Na plen�ria, devem entrar os candidatos Miguel, Fortini e Marco Ant�nio, mas alguns dos articuladores acreditam que Fortini possa retirar seu nome no decorrer do encontro.

At� ontem, os candidatos n�o confirmavam um acordo, mas mantinham o discurso pela unidade. “Continuamos achando ideal o consenso e que, se houver disputa, que ela seja a menor poss�vel. Meu nome est� colocado, mas o principal � a unidade do PT”, disse o deputado estadual Andr� Quint�o, que, caso fa�a um acordo, considera mais poss�vel a uni�o com o campo dos que defenderam a alian�a com Lacerda (onde est�o Nahas, Murilo, Marco Ant�nio e Paulo Lamac).

Miguel Corr�a Jr. tamb�m acredita no consenso, mas evita falar em desist�ncia. “Estou construindo dia a dia a possibilidade de ter o apoio de grupos pol�ticos do meu partido, meu trabalho � de formiguinha oper�ria”, disse.

O vice-prefeito Roberto Carvalho, rompido politicamente com o prefeito Lacerda, tamb�m acredita no afunilamento das candidaturas e admite que o nome que indicou, Fortini, pode abandonar a briga. “N�s decidimos manter o Fortini e avaliar durante o encontro se permanece ou n�o. Uma quest�o essencial para n�s � cumprir o acordo para a chapa de vereadores (alian�a na elei��o proporcional entre PT e PSB)”, disse Carvalho. Qualquer que seja o resultado, o PT tem uma carta na manga. Marcou a conven��o partid�ria, soberana para fechar as alian�as eleitorais, para a noite de 30 de junho, no �ltimo momento para oficializar as decis�es.