Tribunal rejeita substitui��o de juiz do caso Cachoeira

A tentativa de substituir o juiz federal Paulo Lima do processo que apura os desdobramentos da Opera��o Monte Carlo fracassou. Por unanimidade, os integrantes da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o (TRF1) rejeitaram, nesta segunda-feira (11), a demanda dos advogados de tr�s r�us do caso, sem analisar o m�rito, porque havia uma falha t�cnica no pedido. A substitui��o do juiz, que atua na 11� Vara Federal em Goi�s, foi requerida no final de abril pelos advogados dos r�us Lenine Ara�jo de Souza, Rog�rio Diniz e Wladimir Garcez Henrique, presos desde 29 de fevereiro. A Opera��o Monte Carlo apurou esquemas de corrup��o montados pelo empres�rio Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a partir da explora��o ilegal de jogos no Centro-Oeste.

Para o relator dos recursos, desembargador Fernando Tourinho Neto, o pedido devia ser rejeitado sem uma an�lise mais detalhada porque os tr�s advogados se esqueceram de anexar procura��es especiais usadas para pedir a troca do juiz. Os outros dois integrantes da TRF1 concordaram com o argumento e decidiram arquivar os requerimentos . No �ltimo dia 31 de maio, o advogado Ney Moura Teles, que representa o ex-vereador goiano Wladimir Garcez, reclamou de suposta %u201Cparcialidade%u201D do magistrado na condu��o do processo."Ele j� prejulgou ao decretar a pris�o preventiva. J� antecipou todo o ju�zo condenat�rio. Do jeito que as coisas iam caminhando, eles j� estavam previamente condenados%u201D, disse. Teles deu a declara��o logo ap�s a suspens�o de audi�ncias dos r�us, que iria ocorrer em Goi�nia O juiz Paulo Lima � respons�vel por dois processos que correm em Goi�s como resultado da Opera��o Monte Carlo. Um deles re�ne apenas os sete acusados que est�o presos e o foragido Giovani Pereira da Silva. O outro processo apura as responsabilidades dos 73 r�us que est�o soltos. O juiz optou pela separa��o do processo para dar mais agilidade ao julgamento, mas a medida tamb�m est� sendo questionada pelos advogados. O senador Dem�stenes Torres (sem partido-Goi�s) e os deputados Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Sandes Junior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF), porque t�m prerrogativa de foro. Eles respondem como acusados e n�o como r�us, porque o processo, que tamb�m teve origem na investiga��o da Opera��o Monte Carlo, est� na fase de inqu�rito.