
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), come�ou a prestar depoimento nesta quarta-feira na Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI), afirmando que pretende “restaurar a verdade” e que foi v�tima de um esquema que pretendia retir�-lo do governo. “Hoje fica claro que minha presen�a nesta CPI � fruto de uma luta pol�tica”,disse. “O grupo aqui investigado, a organiza��o aqui investigada, tramou a minha derrubada. E n�o agiu s�. Valeu-se das falsas acusa��es plantadas no notici�rio. Valeu-se de vozes com acesso a tribunas pol�ticas do pa�s. Tudo com objetivo de desgastar e, por fim, me retirar do governo do DF”, ressaltou. Antes de entrar na sala aonde est� instalada a Comiss�o, Agnelo ficou reunido por mais de uma hora com parlamentares na Lideran�a do PT no Senado. O petista a chegou � sess�o acompanhado de dois advogados, Lu�s Carlos Alcoforado e Jos� Gerardo Grossi.
Conforme Queiroz, a a��o foi articulada ap�s ele apertar a fiscaliza��o em cima da Delta que prestava servi�os varri��o e coleta de lixo. O contrato com o governo do DF, de acordo com Agnelo, foi ganho na Justi�a com pre�o 30% menor do que o oferecido pelos concorrentes no processo licitat�rio. Ele ainda ressaltou que existe apenas um contrato da construtora com governo, assinado em 2010, durante o t�rmino da administra��o anterior. O petista ainda desafia a comprovarem um s� caso de favorecimento a cachoeira ou a empresa Delta. “Eu quero um s� caso. Que negocio conseguiram fazer aqui. “
O grupo aqui investigado, a organiza��o aqui investigada, tramou a minha derrubada. E n�o agiu s�. Valeu-se das falsas acusa��es plantadas no notici�rio. Valeu-se de vozes com acesso a tribunas pol�ticas do pa�s. Tudo com objetivo de desgastar e, por fim, me retirar do governo do DF. Hoje fica claro que minha presen�a nesta CPI � fruto de uma luta pol�tica.
Mais de 20 deputados e senadores j� est�o inscritos para fazer perguntas para o governador. O ex-l�der do governo na C�mara C�ndido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que a expectativa do partido � muito boa. “N�o h� nada que vincule Agnelo ao esquema de Cachoeira. N�o tem cheque na conta, n�o tem nenhuma a��o do governador em conjunto com a organiza��o criminosa”, disse.
Den�ncias
Conforme o inqu�rito da Opera��o Monte Carlo, a organiza��o de Cachoeira negociava com assessores de Agnelo nomea��es no governo, principalmente no Servi�o de Limpeza Urbana (SLU), �rg�o respons�vel pela fiscaliza��o de contratos da Delta Constru��es, que detinha 70% do mercado de limpeza no DF. Conforme informa��es reveladas ap�s os grampos, a rela��o de nomes foi levada ao ex-secret�rio de Governo Paulo Tadeu, que reassumiu a vaga de deputado federal. Ele e o titular da Sa�de, Rafael Barbosa, teriam se reunido com Cl�udio Abreu, ex-diretor da empreiteira no Centro-Oeste, para discutir interesses da empresa.
Integrantes da CPI tamb�m pretendem questionar o governador sobre sua gest�o como diretor na Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), �rg�o no qual o grupo de Cachoeira tamb�m tentou atuar. Grava��es mostram que a c�pula do laborat�rio Hipolabor, de Minas Gerais, recorria a Rafael Barbosa, ex-adjunto do petista na ag�ncia, para acelerar demandas de interesse. O governador e seus secret�rios negam rela��es com Cachoeira. Dizem que a quadrilha de Cachoeira n�o conseguiu emplacar seus pleitos no governo.