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Estado de Minas

Deputado acusa "tropa de cheque" na CPI do Cachoeira


postado em 15/06/2012 09:32

Uma “tropa de cheque” estaria trabalhando na comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) mista que investiga Carlos Cachoeira para evitar a convoca��o do ex-dono da Delta, Fernando Cavendish. Foi o que afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) durante a reuni�o desta quinta-feira (14), antes de a comiss�o derrubar os requerimentos que convocavam Cavendish e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Ant�nio Pagot. O deputado disse ainda que integrantes da CPI podem ter se encontrado recentemente com Cavendish em Paris.

Miro discursava contra o adiamento da vinda de Cavendish � CPI, proposto pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), e defendia um “caminho do bom senso”, aprovando a convoca��o sem uma data determinada, quando afirmou:

- Asseguro que n�o h� possibilidade de se construir um discurso contra a convoca��o de Cavendish. Seria como justificar a adora��o ao bezerro de ouro, seria como dar raz�o aos que j� come�am a fazer charges falando de uma tropa de cheque para defender o Cavendish. E quem � o Cavendish? � o presidente da empresa que se deixou gravar dizendo que conseguiria obras por trinta milh�es, que n�o estava interessado em comprar esses politiquinhos pequenos, n�o, porque ele comprava os grandes. Senadores? Seis milh�es. Senadores? Seis milh�es. Mas com trinta ele consegue qualquer obra – disse o senador.

O deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), que discursou a favor do adiamento de convoca��o, respondeu ao discurso de Miro e disse n�o aceitar “acusa��es gen�ricas”.

- Se Vossa Excel�ncia acha que h� um deputado que � da bancada do cheque, vire para o deputado e diga: � fulano. Eu n�o sou da bancada do cheque, n�o sou.

Viagem a Paris

Ainda durante a reuni�o, ao lamentar a derrota na aprova��o da convoca��o de Fernando Cavendish, Miro Teixeira anunciou a apresenta��o de requerimento pedindo informa��es sobre um evento “que chegou a seu conhecimento”: uma delega��o de parlamentares que viajou em miss�o oficial a um pa�s africano, em data pr�xima � Semana Santa, e que teria voltado ao Brasil por Paris e almo�ado na Fran�a com o ex-dono da Delta.

- Quero saber se entre esses, algum participa dessa comiss�o. E se for mais de um, se o voto foi decisivo para o resultado contr�rio � convoca��o de Cavendish – anunciou.

Miro Teixeira recebeu o apoio do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e disse que a decis�o da CPI foi motivada por orienta��o pol�tica.

- Isso revela uma orienta��o pol�tica j� denunciada no in�cio dos trabalhos, de que o est�mulo � instala��o da CPI tinha por objetivo desviar o foco do mensal�o de um lado e, de outro, alcan�ar apenas alguns eleitos. A ess�ncia dessa CPI � a Delta – lembrou, em entrevista ap�s a reuni�o.

Para o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), “a CPI entrou na UTI por deixar de ouvir Cavendish”, um dos principais envolvidos com a organiza��o criminosa que distribuiu dinheiro p�blico, organizou corrup��o eleitoral nos estado e se envolveu com o crime organizado.

- Est�o usando senadores e deputados para sepultar uma CPI, para dizer � opini�o p�blica brasileira que nada vai ser apurado – disse Francischini.

Segundo o deputado, muitos “homens de bem” integrantes da comiss�o votaram contra por press�o do governo e, com isso, deixaram uma marca em suas biografias.

J� na vis�o do relator, Odair Cunha, rejeitar os requerimentos n�o trouxe desgaste nem ocorreu por interfer�ncia do Planalto.

- N�s n�o evitamos convoca��o nenhuma, adiamos uma decis�o sobre essa convoca��o. O que deve motivar [a CPI] � a an�lise dos documentos em posse da CPI – afirmou.


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