Desembargador quer Cachoeira solto porque "a poeira assentou"

Bras�lia – O desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da Primeira Regi�o (TRF1), entendeu que o empres�rio Carlos Cachoeira n�o deve mais ficar preso porque o cen�rio que autorizou a pris�o preventiva n�o existe mais. Tourinho deu habeas corpus para Cachoeira nesta sexta-feira, mas o empres�rio n�o poder� ser solto porque h� outro mandado de pris�o contra ele.

Segundo trechos do voto do desembargador, divulgados h� pouco pelo TRF1, a suposta organiza��o chefiada por Cachoeira, respons�vel pela explora��o de jogos de azar em estados brasileiros, foi desfeita com a Opera��o Monte Carlo, da Pol�cia Federal. “Atualmente, o quadro � outro. A poeira assentou. A excepcionalidade da pris�o preventiva j� pode ser afastada”.

O desembargador tamb�m confia no poder inibit�rio da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira, instalada no Congresso Nacional para impedir novos delitos. “Diante da instaura��o da CPMI, conhecida como CPI do Cachoeira [...] como poder� o paciente abrir novas casas de jogos?”. Ele lembra ainda que as m�quinas ca�a-n�queis foram apreendidas e que todos os servidores p�blicos envolvidos foram afastados.

Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro devido � Opera��o Monte Carlo, e est� detido no Pres�dio da Papuda, em Bras�lia. O outro mandado de pris�o contra ele � relativo � Opera��o Saint-Michel, que apurou suposta fraude na �rea de transporte p�blico do Distrito Federal (DF).

Caso essa segunda ordem de pris�o seja derrubada pela Justi�a do Distrito Federal, permitindo a liberdade de Cachoeira, ele dever� seguir regras impostas pelo desembargador Tourinho - comparecer mensalmente � Justi�a, n�o manter contato com denunciados no processo e n�o viajar sem autoriza��o judicial.