O pr�-candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad negou na tarde desta segunda que o apoio do PP, do deputado federal Paulo Maluf, � sua candidatura tenha sido ocasionado pela oferta de cargos na administra��o federal de Dilma Rousseff. "N�o houve essa quest�o. Estamos fazendo um pacto pela cidade", disse.
Maluf atribuiu a alian�a com o PT ao seu "amor por S�o Paulo". "(Haddad) � o nosso candidato porque eu amo S�o Paulo e, por amor a S�o Paulo, eu tenho plena convic��o que a cidade precisa do governo federal para resolver seus problemas", afirmou durante o evento que anunciou o apoio, em sua resid�ncia.
Segundo Haddad, a negocia��o que levou os dois partidos a selarem o acordo n�o envolveu mudan�as em seu plano de governo. "N�o me foi pedida nenhuma altera��o dos meus planos para a cidade. Estou com o plano de governo bem adiantado. Submeti a v�rias pessoas, inclusive do PP, a vis�o de conjunto, minhas �reas priorit�rias, estamos de acordo sobre uma infinidade de coisas. O que nos pauta � S�o Paulo", emendou.
Quando instado a responder se a alian�a entre PP e PT deveria ser interpretada como ideol�gica ou parte do vale tudo eleitoral Maluf cravou: "N�s queremos um governo eficiente. N�o tem mais direita ou esquerda no mundo. A esquerda est� aonde, na R�ssia ou na China, que n�o tem direitos humanos? Em Cuba, que deporta seus boxeadores?"
Feijoada
O an�ncio da ades�o do PP � pr�-candidatura de Fernando Haddad foi envolto pela troca de amenidades entre Maluf e os representantes do PT. Com discurso afinado, todos ressaltaram que, apesar das diverg�ncias hist�ricas, a alian�a buscava repetir em S�o Paulo a parceria do plano federal.
Marcado para �s 13 horas na casa de Maluf, o evento come�ou com uma visita rel�mpago do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que chegou �s 12h45 e foi embora cerca de 15 minutos depois, sem falar com a imprensa. Al�m de Maluf e Haddad, apenas o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, falou � imprensa. Segundo interlocutores do ex-presidente, sua presen�a foi uma condi��o imposta por Maluf para fechar a alian�a e, por isso, n�o teria ficado mais tempo no evento.
Ap�s o an�ncio da alian�a, o card�pio do almo�o na casa de Maluf foi feijoada. Em seguida, representantes do PT e do PP foram � sede do diret�rio municipal do PP para homologar a alian�a.