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Estado de Minas

Obra de cemit�rio � suspensa ap�s descoberta de fraude em Montes Claros

Prefeitura de Montes Claros interrompe contrato depois das investiga��es da Pol�cia Federal


postado em 26/06/2012 06:00 / atualizado em 26/06/2012 06:51

A Prefeitura de Montes Claros suspendeu a constru��o do novo cemit�rio da cidade, no valor de R$ 1.390.715,75, um dos contratos investigados pela Opera��o M�scaras da Sanidade, deflagrada quinta-feira pela Pol�cia Federal e pelo Minist�rio P�blico para desmontar esquema de desvios de recursos p�blicos em licita��es. As investiga��es apontaram que as fraudes seriam comandadas pelo empres�rio Evandro Leite Garcia, preso na opera��o. Ele � dono das empresas Construtora Norte Vale, Radier Constru��es e EPG Constru��es, alvos da opera��o. A Radier venceu a licita��o para a constru��o do cemit�rio em uma concorr�ncia fraudada, segundo relat�rio final da opera��o, conforme reportagem do Estado de Minas, publicada domingo.


A suspens�o das obras do cemit�rio foi anunciada ontem pelo prefeito Luiz Tadeu Leite, flagrado em conversas telef�nicas com o empres�rio Evandro Lei Garcia e com Luiz Eduardo Fonseca, apontado como lobista da organiza��o criminosa, segundo escutas autorizadas pela Justi�a. O prefeito garantiu que s� teve conhecimento das irregularidades na licita��o depois da divulga��o pela imprensa do resultado das investiga��es da PF. “Com a informa��o que (a Pol�cia Federal) me trouxe, eu entendo que a licita��o est� fraudada. Por causa disso, estou suspendendo a licita��o e anulando o contrato (das obras do cemit�rio)”, declarou.


O prefeito defendeu a necessidade da constru��o, afirmando que as vagas nos outros dois cemit�rios da cidade j� teriam se esgotado, e transferiu a execu��o da obra na Estrada da Produ��o, a cinco quil�metros da �rea urbana, para a Empresa Municipal de Servi�os, Obras e Urbaniza��o (Esurb).


Escutas telef�nicas feitas entre abril e maio revelam que concorr�ncia foi fraudada com a inten��o de favorecer a empresa de Evandro Garcia e que o servi�o deve custar R$ 290 mil de m�o de obra mais R$ 400 mil de material. Em um dos grampos, o empres�rio articula com Elis�ngela Pereira da Fonseca (cunhada e s�cia dele) e Luiz Eduardo Fonseca, ex-secret�rio de Administra��o e Fazenda de Tadeu Leite, a retirada da licita��o da empresa Retrom�quinas, que teve sua inabilita��o confirmada poucos dias depois.


As grava��es mostram tamb�m o prefeito tentando acelerar a obra, paralisada devido a uma inspe��o do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). A justificativa de Tadeu Leite foi de que teria interferido para agilizar a constru��o apenas devido a necessidade da obra. Ele tamb�m se defendeu da suspeita de envolvimento com o grupo comandado por Evandro Leite Garcia. Numa conversa com o empres�rio, gravada pela PF, Tadeu Leite usa a express�o: “Tem um servi�o que tem fazer dinheiro”. O prefeito negou qe estivesse se referindo a pagamento ou qualquer outra irregularidade. “ Tenho consci�ncia tranq�ila. N�o falei e n�o fiz nada de irregular. Falei muito ao telefone, mas n�o fiz qualquer coisa improba, desonesta ou de corrup��o”, garantiu.

Tadeu Leite admitiu conhecer Evandro Leite Garcia e ter telefonado para ele, mas alegou n�o poder fazer coment�rios mais aprofundados sobre as escutas. “Nem sei se houve escutas telef�nica, nem sei em que contexto elas foram feitas. N�o fui intimado”, esquivou-se. Ele afirmou que vai esperar a formaliza��o das acusa��es para apresentar defesa. “Uma frase n�o pode incriminar ningu�m”, argumentou. Em rela��o a Luiz Eduardo Fonseca Mota, o prefeito afirmou tratar-se de um “amigo de inf�ncia”, conhecido at� ent�o como uma “pessoa s�ria”.

Prefeito desiste de reelei��o

O prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite (PMDB), anunciou, ontem, que n�o ser� candidato � reelei��o e tamb�m n�o participar� na campanha devido a problemas de sa�de, deixando para integrantes do PMDB decidirem se o partido vai ter candidato pr�prio ou apoiar o nome de outra sigla. “N�o tenho recomenda��o m�dica para ser candidato. N�o tenho sa�de para isso. Ainda n�o me recuperei e ainda corro risco de vida se n�o me tratar de forma conveniente”, declarou o prefeito, visivelmente mais magro depois das duas cirurgias feitas em Belo Horizonte no in�cio de junho para o tratamento de uma diverticulite. Houve complica��o ap�s a primeira opera��o, com necrose do intestino grosso, que foi totalmente retirado na segunda. Ele ter� que ser submetido a nova cirurgia dentro de tr�s meses.


Al�m de problemas de sa�de, o prefeito enfrenta outros problemas que dificultariam a conquista de um segundo mandato. A sua administra��o enfrenta alto �ndice de rejei��o, segundo pesquisas divulgadas na cidade. A prefeitura de Montes Claros foi uma das 37 investigadas na “Opera��o M�scara da Sanidade”, deflagrada pela Pol�cia Federal na quinta-feira. (LR)

Nove presos
Nove investigados pela Opera��o M�scara da Sanidade, deflagrada pela Pol�cia Federal, permanecer�o presos no Pres�dio Regional de Montes Claros. A decis�o � da ju�za Marcela Oliveira Decat de Moura, da Comarca de Salinas, que acatou todos os pedidos de prorroga��o da pris�o tempor�ria dos acusados de desviarem cerca de R$ 100 milh�es dos cofres p�blicos. Entre os mantidos presos, est� o casal que � dono de tr�s construtoras com sede em Montes Claros, Evandro Leite Garcia e Maria das Gra�as Garcia.


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