Bras�lia – Senadores da base aliada ao governo criticaram nesta sexta-feira a decis�o do Mercosul de suspender temporariamente o Paraguai do bloco. O an�ncio foi feito nessa quinta-feira � noite pelo ministro das Rela��es Exteriores brasileiro, Antonio Patriota. Ele destacou que n�o haver� san��es econ�micas ao pa�s vizinho.
“O ministro Patriota escreveu uma das p�ginas mais tristes da diplomacia brasileira”, disse o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ). O senador � um dos autores do requerimento aprovado na Comiss�o de Rela��es Exteriores e Defesa Nacional, nesta semana, para que Patriota esclare�a o posicionamento do Brasil em rela��o ao impeachment do ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo.
Para o vice-l�der do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), a posi��o adotada pelo Mercosul representa uma “inger�ncia” externa no Paraguai. “Deveriam ter respeitado uma decis�o interna do pa�s”, disse Argello.
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), concordou com Argello e afirmou que, apesar de n�o ter havido consulta ao partido, tem certeza que de a maioria da bancada � contra a decis�o do Mercosul. Para Raupp, teria sido mais prudente ouvir o Congresso Nacional antes de levar qualquer posicionamento para delibera��o com os integrantes do bloco do Mercosul.
Diferentemente dos senadores, l�der do governo na C�mara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a decis�o do bloco foi influenciada pela tese do Brasil de n�o prejudicar economicamente o Paraguai. “A san��o pol�tica do Mercosul � suficiente para mostrar a desaprova��o dos pa�ses membros com o golpe no Paraguai”, ressaltou Chinaglia.
Fernando Lugo teve o mandato cassado no dia 21 deste m�s pelo Congresso do Paraguai em um processou de impeachment que durou 24 horas. Em seu lugar assumiu o vice-presidente Federico Franco, integrante do Partido Liberal Radical Aut�ntico (PLRA), que estava fora do poder h� mais de 70 anos.