
Ponto a ponto, Dem�stenes tentou explicar o parecer do Conselho de �tica do Senado que pediu a cassa��o de seu mandato. Ele se disse v�tima de um processo de difama��o ocasionado pelo vazamento de conversas gravadas pela Pol�cia Federal, durante as opera��es Vegas e Monte Carlo. “Nada fiz para merecer a desconstru��o de minha honra”, disse o senador.
“Em virtude desses di�logos divulgados a conta-gotas, fui delineado como o vil�o que tanto combati. Estou aqui de conci�ncia tranquila, lutando pela meu mandato. A todos reafirmo a minha inoc�ncia”, destacou.
O pedido de casssa��o do mandato de Dem�stenes foi aprovado h� 15 dias, por unanimidade, no Conselho de �tica do Senado. O processo est� na CCJ do Senado e j� teve parecer favor�vel � constitucionalidade, emitido pelo relator, Pedro Taques (PDT-MT).
O julgamento de Dem�stenes na comiss�o est� marcado para quinta-feira e no dia 11 ser� julgado no plen�rio.
Dem�stenes tratou de rebater as acusa��es constantes na representa��o e disse que era amigo do empres�rio goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de operar um esquema de jogos ilegais e tr�fico de influ�ncia que contava com a participa��o de pol�ticos e empres�rios.
Apesar de admitir a amizade, Dem�stenes negou ter colocado seu mandato a servi�o do esquema atribu�do a Cachoeira. “Nunca tive neg�cios legais ou ilegais com ele. N�o tive sociedade ou participa��o em delitos investigados pelas opera��es Veja e Monte Carlo. N�o, eu n�o coloquei meu mandato a servi�o de Cachoeira e sim a servi�o das for�as produtivas do meu estado e do meu Brasil.”
Dizendo-se “envergonhado”, ele informou que quer conversar com cada senador para pedir perd�o. “Ainda n�o conversei com todos os senhores e senhoras. N�o tive a oportunidade de falar e, quando tive, fiquei com vegonha.”
Para cassar o mandato de Dem�stenes, s�o necess�rios 41 dos 81 votos dos senadores. A vota��o em plen�rio � feita de forma secreta.
Antes de chegar ao plen�rio, o processo ter� que aguardar um intervalo de cinco sess�es ordin�rias do Senado, caso seja aprovado na vota��o de quinta-feira na CCJ.
Diante dessa exig�ncia regimental, a Mesa Diretora do Senado decidiu convocar sess�es ordin�rias para hoje e para a pr�xima segunda-feira. O esfor�o � para que o julgamento de Dem�stenes ocorra antes do recesso parlamentar, previsto para come�ar em 17 de julho.