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Estado de Minas

Cavendish n�o tem nada a dizer na CPI, diz advogado


postado em 03/07/2012 20:00

Nem homem bomba, nem homem estalinho. O advogado T�cio Lins e Silva, que representa Fernando Cavendish, dono da Delta Constru��es, informou nesta ter�a que o empres�rio n�o tem nada a dizer ou a contribuir com a CPI do Cachoeira - que deve aprovar nesta quinta requerimento para sua convoca��o. O criminalista disse tamb�m que estuda se o empreiteiro ficar� calado, se vai limitar suas declara��es a uma exposi��o inicial ou se solicitar� um habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Essa hist�ria de que ele � o homem bomba n�o existe. Ele n�o � nem homem estalinho", disse Lins e Silva. "Cavendish tornou-se um s�mbolo, um alvo da CPI, quando n�o tem rela��o direta com nenhuma das pessoas que est�o sendo investigadas nas opera��es Vegas e Monte Carlo (da Pol�cia Federal). Ele � o presidente do Conselho de Administra��o da Delta e n�o tinha nenhuma rela��o com a gest�o da empresa", argumentou o advogado.

Lins e Silva ainda ressaltou que n�o pretende deixar Cavendish exposto a "humilha��es, tortura ou sadismo". Segundo ele, a comiss�o est� analisando uma proposta para alterar os ritos nos depoimentos. Ao inv�s de dispensar as testemunhas que invocam o direito de n�o responder as perguntas dos parlamentares, a CPI passaria a obrigar os depoentes a ouvir todos os questionamentos antes de liber�-los.

"O rito estabelecido foi o de dispensa do depoente. Mudar isso transforma o processo num ritual de massacre e sadismo. Se uma pessoa diz que n�o quer conversa, essa conversa se encerra. Insistir nisso serve apenas para um espet�culo de exibicionismo" criticou o advogado de Cavendish.

Lins e Silva deu pistas da estrat�gia da defesa do dono da Delta. O advogado repete que Cavendish n�o tinha conhecimento das atividades irregulares que, segundo ele, o ent�o diretor da empresa no centro-oeste, Cl�udio Abreu, promovia em parceria com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. E ainda cita n�meros: a regi�o respondia por apenas 4% do total do faturamento da Delta nacional.

O criminalista ainda destacou que Cavendish passa por momentos pessoais muito dif�ceis e que est� muito fragilizado. No �ltimo dia 17, completou um ano do acidente de helic�ptero no litoral da Bahia que provocou a morte da mulher do empreiteiro, Jordana, de seu enteado, Luca, e de outras cinco pessoas.

Foi a partir dessa trag�dia que tornou-se p�blica a rela��o de amizade entre o dono da Delta e o governador do Rio, S�rgio Cabral Filho (PMDB). O peemedebista, seu filho Marco Antonio e a namorada dele, Mariana Noleto, integravam o grupo que participava dos festejos num resort de luxo em Trancoso. Mariana tamb�m morreu na queda do helic�ptero.

Nas primeiras semanas da CPI, o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) divulgou fotos e v�deos de outras viagens do governador com o empres�rio a Paris e Montecarlo. A convoca��o do peemedebista � CPI chegou a ser proposta, mas o requerimento foi recusado.


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