Informado da convoca��o de Fernando Cavendish � CPI do Cachoeira o advogado do empres�rio, T�cio Lins e Silva, disse que "a comiss�o pode tudo, mas ele (Cavendish) n�o tem nada a ver com o fato determinado, que est� relacionado apenas � regional Centro-Oeste da Delta". Embora n�o tenha confirmado a inten��o de pedir um habeas corpus preventivo ao STF, para que Cavendish possa ficar calado diante dos parlamentares, o criminalista disse que seu cliente "n�o tem nada a falar".
Lins e Silva disse ter expectativa de que, antes de marcar a data do depoimento, a CPI volte atr�s na convoca��o de Cavendish. "Vou torcer para que o equil�brio e o bom senso prevale�am na CPI e eles o dispensem do depoimento. Pode ser que eles vejam que � in�til, que � perda de tempo. Mas o que existe at� agora � mera aprova��o (da convoca��o), � uma declara��o de inten��o. N�o h� o que fazer no momento, nenhuma medida a tomar" afirmou o criminalista.
"S�o fatos que ele ignora, ligados a pessoas que tra�ram a confian�a da Delta", diz T�cio Lins e Silva. "Sabemos que na CPI h� interesses pol�ticos, alguns leg�timos, outros subalternos. Ele n�o foi chamado at� hoje � CPI n�o por estar protegido, mas porque n�o tem nada a ver. A disposi��o dele no momento � que n�o tem nada a falar porque n�o tem responsabilidade sobre o fato determinado. � preciso saber se v�o explorar a dor e a desgra�a que ele vive h� um ano", afirmou Lins e Silva.
O advogado refere-se ao epis�dio que tornou p�blica a amizade entre Fernando Cavendish e o governador do Rio, S�rgio Cabral (PMDB). Em junho do ano passado, um acidente de helic�ptero matou sete pessoas no sul da Bahia, entre elas a mulher de Cavendish, Jordana Kfuri, o enteado do empres�rio, Luca, e a namorada de um dos filhos de Cabral, Mariana Noleto. O grupo participaria de uma festa promovida por Cavendish em um resort de luxo.
Lins e Silva reiterou que Cavendish n�o est� ligado � administra��o da Delta e apenas preside o Conselho de Administra��o da empresa. "Os diretores regionais tinham absoluta autonomia", afirmou o advogado, lembrando que o peso do Centro-Oeste nos contratos da Delta era de apenas 4%.