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Estado de Minas

Disputa pela Prefeitura de BH come�a com ataques

Patrus Ananias e Marcio Lacerda registram candidaturas no TRE, enquanto fi�is escudeiros partem para ofensiva criticando o advers�rio. Campanha d� a largada oficialmente nesta sexta-feira


postado em 06/07/2012 06:00 / atualizado em 06/07/2012 06:43

A elei��o em que petistas e tucanos voltam a ser advers�rios ferrenhos em Belo Horizonte promete ser de grandes embates. J� no dia de registrar as candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os dois lados se cercaram de aliados e escalaram seus escudeiros para comandar o ataque. Do lado do prefeito Marcio Lacerda (PSB), coube ao senador A�cio Neves (PSDB) criticar a “incoer�ncia” e a tentativa de “nacionaliza��o” da campanha por parte dos advers�rios. O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate � Fome Patrus Ananias negou que haja interfer�ncia nacional na disputa e disse que tem, ao “contr�rio de outros”, hist�ria com Belo Horizonte, cidade que j� governou e onde mora h� 40 anos.

“Eu tenho uma rela��o afetiva profunda, amorosa e comprometida com essa cidade. Eu moro aqui h� mais de 40 anos , j� fui prefeito, vereador e relator da Lei Org�nica dessa cidade. A grande not�cia dessa elei��o � que o PT e o PMDB est�o rigorosamente unidos em torno de um projeto democr�tico popular. N�o h� interfer�ncia”. O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, que acompanhou Patrus no registro tamb�m negou qualquer tipo de interfer�ncia da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, n�o houve promessa de cargos no governo federal para atrair o PMDB e tamb�m PCdoB e PSD. “O que houve foi negocia��o pol�tica feita de maneira leg�tima”. O presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes, tomou a frente dos ataques. Segundo ele, as �reas da prefeitura governadas pelo PSDB – sa�de e tr�nsito – s�o as mais cr�ticas em Belo Horizonte. “Onde o PT n�o ficou no governo Lacerda, n�o funcionou”, afirmou.

Ele tamb�m justificou o rompimento alegando que se o PSB n�o cumpriu a palavra em uma quest�o pequena como a coliga��o proporcional, n�o iria honrar a “repactua��o program�tica”, uma das condi��es do PT para reedi��o da dobradinha com o PSB. Ele negou que haja nacionaliza��o da campanha e atacou o que chamou de “vaidade do senador”. “O senador quer trazer para Belo Horizonte o projeto derrotado dos tucanos por Lula e Dilma. Minas Gerais est� quebrada. N�o vamos deixar que os tucanos tamb�m quebrem Belo Horizonte”, alfinetou.

A�cio Neves tomou a frente da tropa de choque de Lacerda e, em coletiva para anunciar o apoio de 15 partidos aliados, criticou o rompimento dos petistas, que na elei��o de 2008 e na atual administra��o eram aliados do prefeito. O tucano acusou os petistas de tentarem usar o PSB na chapa proporcional como palanque para eleger seus vereadores. “At� s�bado, 11h, as principais lideran�as do PT diziam que o Marcio era a melhor alternativa. S� porque ele n�o aceitou o aniquilamento do seu partido para atender a mais um capricho do PT, ele deixou de ser melhor candidato?”, provocou.

Nas �ltimas semanas de negocia��o, o PSDB defendeu que, se os petistas ficassem com a vaga de vice na chapa de Lacerda, n�o deveriam ficar com a coliga��o para a chapa de vereadores. Os tucanos, no entanto, n�o exigiram a vaga de vice que ficou para o deputado estadual D�lio Malheiros (PV), at� ent�o candidato de oposi��o ao socialista. A�cio alegou que o PSDB n�o fez imposi��es e que os que decidiram se aliar a Lacerda – al�m de D�lio, o deputado federal Eros Biondini (PTB) renunciou da candidatura em favor dele – escolheram por vontade pr�pria.

Fantasmas

O mote da campanha, segundo A�cio, ser� mostrar que os advers�rios s�o fruto de uma escolha nacional. “Nossa constru��o � mineira, dentro das nossas montanhas. No outro campo, foi toda ela – a come�ar pelo pr�prio candidato que foi ungido em S�o Paulo – com todos os seus aliados sem exce��o fruto de interfer�ncias externas”, disse. Potencial candidato � presid�ncia em 2014, A�cio disse que n�o vai cair na “armadilha” de trazer a futura disputa nacional para essa elei��o. “Est�o vendo fantasmas, antecipando um cen�rio que ningu�m sabe qual vai ser daqui dois anos.” Sobre o fato de o vice de Lacerda ter feito oposi��o a ele nos �ltimos anos, A�cio afirmou que � bom ter um cr�tico no time e que o PSDB mant�m a coer�ncia ao continuar com Lacerda. “H� poucos dias a presidente Dilma veio a BH e encheu o prefeito de elogios. Ele deixou de ser competente de s�bado para c�?”, alfinetou.

Ao registrar o pedido de candidatura ontem no TRE, o prefeito Marcio Lacerda preferiu cr�tica mais branda ao rival. “Quando disseram que Patrus poderia ser meu vice afirmei que o ex-ministro tinha gabarito para mais. Continuo o respeitando, mas quem est� mais preparado para governar a cidade sou eu." Lacerda demonstrou novamente que vai tentar evitar o que chamou de nacionaliza��o da disputa pela prefeitura da capital. “A elei��o � local. A cidade precisa saber dos projetos, dos resultados, dos cumprimentos de metas.”

Manifesta��o

O registro de Lacerda ontem no TRE foi tumultuado por servidores da Justi�a Federal em greve por aumento de sal�rio. Os funcion�rios tentaram obstruir a entrada do prefeito no pr�dio do tribunal. A pol�cia foi chamada para garantir a sa�da do prefeito, que usar a garagem do tribunal. Manifestantes tamb�m protestaram contra o governo federal na hora em que Patrus chegou para registrar a chapa.

Gastos de campanha

As campanhas de Marcio Lacerda (PSB) e do ex-ministro Patrus Ananias (PT) podem chegar a custar R$ 49 milh�es. A do atual prefeito pode ser duas vezes e meia mais cara do que a previs�o inicial da primeira disputa, em 2008. Conforme documenta��o entregue ontem pelo PSB ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), as despesas em 2012 ser�o de R$ 35 milh�es, contra R$ 14 milh�es em 2008. Ao longo da �ltima campanha, no entanto, houve pedido ao tribunal para aumento do valor, que passou para R$ 19,5 milh�es depois da aprova��o da Corte. A chapa encabe�ada por Patrus informou que os gastos na campanha chegar�o a R$ 20 milh�es.


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