Bras�lia - O prefeito de Palmas disse nesta ter�a-feira, em depoimento � Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira, que n�o beneficiou o empres�rio Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em sua administra��o e negou ter recebido recursos para sua campanha do empres�rio.
Raul Filho (PT) foi convocado ap�s a divulga��o de um v�deo no qual ele oferece possibilidades de ganhos em presta��o de servi�os a Carlinhos Cachoeira, em troca de apoio � campanha de 2004. Cachoeira est� preso desde 29 de fevereiro pela Pol�cia Federal.
O prefeito argumentou que o v�deo se refere a uma �poca em que ele ainda n�o era prefeito, era candidato. "S�o passados oito anos. Ele n�o fez doa��o para minha campanha em que pese a expectativa criada no v�deo", defendeu-se o prefeito que tamb�m entregou � CPMI uma autoriza��o para quebra de seus sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico.
"Nenhuma empresa ligada a Cachoeira prestou servi�o emergencial durante o meu governo", disse o prefeito. "Somente um ano e dois meses ap�s o in�cio do meu governo a Delta foi contratada ap�s sair vencedora em processo licitat�rio".
O prefeito tamb�m ponderou que na �poca da contrata��o da Delta, n�o havia informa��es sobre a possibilidade de v�nculo da empreiteira com Carlinhos Cachoeira. "Nos primeiros anos de exerc�cio de meu mandato n�o se conhecia sequer o v�nculo da empresa com Cachoeira."
O v�deo no qual Raul Filho aparece em conversa com Cachoeira fazia parte do acervo de imagens que o empres�rio mantinha em sua casa, recentemente apreendido pela Pol�cia Federal.
No depoimento de hoje, o prefeito passou grande parte do tempo destinado a seus esclarecimentos preliminares para destacar os "avan�os" de Palmas nos �ltimos anos, o que irritou muitos deputados e senadores. O senador �lvaro Dias chegou a interromper o prefeito. "Presidente, ele est� aqui para falar sobre o objeto de investiga��o da CPMI."
A reclama��o do senador n�o foi aceita pelo presidente da CPMI, senador Vital do R�go (PMDB-PB) que devolveu a palavra imediatamente � testemunha. "Todos fizeram isso aqui", disse o presidente, referindo-se aos depoimentos dos governadores de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Cachoeira � acusado de comandar um esquema criminoso que teria cooptado pol�ticos e empres�rios e que, entre outras atividades ilegais, � suspeito de fraudar licita��es e de obter vantagens indevidas em diversas administra��es p�blicas.