Ciceroneado pelo vereador Netinho de Paula (PCdoB), o candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, fez na tarde desta ter�a-feira um corpo a corpo com eleitores de S�o Miguel Paulista, na zona leste da Capital. Durante aproximadamente uma hora, Haddad e a milit�ncia percorreram as ruas do centro do bairro. O candidato se apresentou e pediu votos a comerciantes, pedestres e ambulantes. Ao final do trajeto, Haddad disse que est� cada vez mais confort�vel com o contato com o eleitorado. "Dilma j� tinha me dito isso: o contato com o povo alimenta a disputa e � essencial", resumiu o petista.
Mais � vontade, Haddad tirou o palet� no meio do caminho e chegou a parar numa loja de instrumentos musicais e posou para uma foto tocando viol�o ao lado de Netinho, que tocava uma bateria. Aos poucos, Haddad foi chamando a aten��o de quem passava nas ruas, principalmente o eleitorado feminino. "Eu vou votar nele, ele � bonito", comentou uma eleitora. "Esse prefeito � bonito", avaliou outra.
Entre beijos e abra�os, Haddad parou pra conversar com ambulantes que reclamavam da pol�tica da atual gest�o em rela��o ao com�rcio irregular. "O senhor n�o vai ca�ar camel�s n�o, n�?" perguntou um vendedor. Haddad disse ao ambulante que, se eleito priorizaria o di�logo e acusou a atual gest�o de agir com repress�o. "H� como acomodar esses interesses, mantendo a cal�ada para o pedestre e mantendo o comerciante", defendeu o candidato, numa refer�ncia � cria��o de �reas espec�ficas para esses vendedores, como outlets e autoriza��o para instala��o de bancas em hor�rios diferenciados.
Ao final da caminhada, Haddad disse que Netinho "abrilhantou" o seu corpo a corpo. Netinho, por sua vez, disse que pretende acompanhar o candidato sempre que poss�vel. "A ideia � essa, apresent�-lo ao povo", confirmou o vereador que tenta a reelei��o.
Para a Haddad, a receptividade do eleitorado tem sido "muito boa". Ele acredita que existe um sentimento de mudan�a entre os paulistanos insatisfeitos com a atual administra��o. "Esse discurso da continuidade, na minha opini�o, n�o vai se sustentar", apostou.