
Um grampo telef�nico feito pela Pol�cia Federal (PF), com autoriza��o da Justi�a, mostra o novo senador agradecendo a Cachoeira por ter sido escolhido suplente de Dem�stenes e secret�rio estadual de Infraestrutura de Goi�s. Os dois, no entanto, tiveram problemas pessoais, quando a ex-mulher e m�e dos dois filhos do agora senador, Andressa Mendon�a, pediu a separa��o para ficar com Cachoeira. Ela e o bicheiro est�o casados atualmente.
At� o momento, no entanto, a CPI n�o considera as grava��es da PF suficientes para colocar Wilder no alvo das investiga��es da comiss�o. O presidente do colegiado, senador Vital do R�go (PMDB-PB), afirmou ontem que ainda n�o tinha ouvido os grampos. “N�o posso dizer se sou contra ou a favor da convoca��o. A CPI voltar� a se reunir na primeira sexta-feira ap�s o fim do recesso parlamentar (de 17 de julho a 1 de agosto). Se apresentarem um requerimento de convoca��o, vamos apreci�-lo.”
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), autor da representa��o que deu in�cio ao processo de cassa��o de Dem�stenes, disse estar claro que Wilder mant�m uma rela��o pessoal com o empres�rio. "Ele toma posse sob forte suspei��o. S�o raz�es que merecem aten��o especial da CPI e do Senado. Se eu fosse ele, come�ava utilizando a tribuna e explicando qual o n�vel das suas rela��es com o Cachoeira." Para o senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES), as explica��es ser�o "inevit�veis" se ficar comprovado que o suplente de Dem�stenes compartilhava da "intimidade" do empres�rio.
"O fato de ter sido indicado para a supl�ncia pelo Cachoeira � uma suspei��o evidente. N�o acho justo prejulgar, mas os fatos falam mais alto. Na hora que voc� toma posse, se submete � luz do sol. Se voc� tiver raz�o, n�o derrete."
Ainda que haja um movimento, sobretudo da base aliada, para tentar jogar Wilder na al�a de mira das apura��es, ele poder� dizer que n�o era senador quando os grampos foram feitos – argumento frequente de parlamentares em casos de detec��o de irregularidades. Entretanto, integrantes da CPI j� elaboraram o contra-argumento caso Wilder apresente alega��o semelhante. “O decoro parlamentar, cobrado ao senador, deve se estender ao seu suplente, uma vez que a condi��o dele � a de quem est� na expectativa de assumir o mandato”, decretou o senador Randolfe Rodrigue (PSOL-AP).