Integrantes da CPI do Cachoeira defenderam neste s�bado que o governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), seja reconvocado para explicar o "compromisso" firmado entre ele e a Delta Constru��es, com a intermedia��o do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira assim que assumiu o cargo no ano passado. O acerto, cujo teor integra relat�rio da Pol�cia Federal revelado na mais recente edi��o da revista �poca, inclui a libera��o de d�vidas milion�rias da empreiteira com o governo goiano mediante suposto pagamento de propina a Perillo.
"S�o grav�ssimos os fatos, o que torna inevit�vel a reconvoca��o do governador Marconi Perillo. Os elementos mostram que o governador mentiu para a CPI", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), que apresentar� na segunda-feira o pedido para traz�-lo de volta � comiss�o e ter acesso ao relat�rio da PF que foi enviado ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) no inqu�rito que investiga o governador. "Est� demonstrado o elo entre Cachoeira, Delta e Marconi", disse o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Para Miro, � preciso chamar Marconi para dar, pelo menos, o direito de ele se defender novamente. "N�s estamos diante da possibilidade de esclarecer que houve, de fato, duas transa��es: uma de propina e a outra da casa", afirmou o deputado do PDT.
Agosto
Randolfe defende que a comiss�o fa�a uma sess�o extraordin�ria na pr�xima semana para aprovar os requerimentos e tentar agendar o novo depoimento durante o recesso parlamentar. Miro, contudo, acredita que somente em agosto ser� poss�vel ouvir o governador.
Com base em intercepta��es telef�nicas e quebras de sigilo, a reportagem aponta que Cachoeira, uma esp�cie de agente da Delta, se desfez da casa com o receio de perder neg�cios no governo caso fosse revelada sua rela��o com Perillo. A mulher do contraventor, Andressa Mendon�a, n�o queria deixar o im�vel, no qual teria gasto mais de R$ 500 mil para mobili�-la. Mas Cachoeira a demoveu, dizendo que ela iria ganhar um "carro zerinho".
Segundo a PF, o im�vel foi repassado para o empres�rio Walter Santiago, que pagou R$ 2,1 milh�es pela casa. Foram R$ 1,5 milh�o para Cachoeira, R$ 100 mil para L�cio Fi�za, ent�o assessor de Perillo, e outros R$ 500 mil ao governador, levados por Fi�za.