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Estado de Minas

Escutas sugerem acordo entre Wilder e Cachoeira


postado em 13/07/2012 09:19

Telefonema interceptado pela Pol�cia Federal na Opera��o Monte Carlo mostra o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, conversando com um de seus aliados sobre um acordo que teria sido firmado com Wilder Morais (DEM-GO), herdeiro da vaga de Dem�stenes Torres (sem partido-GO) no Senado. As grava��es n�o deixam claro quais seria os termos desse acordo e quando ele teria sido feito.

Dem�stenes foi cassado anteontem por seu envolvimento com o contraventor, acusado de corromper pol�ticos e de comandar jogos ilegais em Goi�s. Na liga��o, de maio do ano passado, Cachoeira orienta o ex-vereador tucano de Goi�nia Wladimir Garcez, apontado pela PF como elo da organiza��o com pol�ticos, sobre uma reuni�o que teria com Wilder. Eles discutem como abordar o suplente de senador, que estaria "falando mal" de Cachoeira. "Tinha um acordo a�. Pode falar do acordo meio a meio?", pergunta Garcez a Cachoeira.

Na ocasi�o, Wilder j� era secret�rio de Infraestrutura de Goi�s, nomeado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). No di�logo, o ex-vereador indaga Cachoeira se deve "jogar na cara" do suplente a ajuda dada pelo contraventor, que responde: "Se tiver oportunidade, voc� joga". Horas mais tarde, o ex-vereador volta falar com Cachoeira e presta contas do encontro.

Ele diz ter lembrado Wilder do empenho de Cachoeira para que obtivesse a supl�ncia de Dem�stenes. Diz que o contraventor enfrentou a "raiva" de outros pleiteantes � vaga para banc�-lo na chapa.

Os problemas entre Cachoeira e o agora senador revelados nas conversas gravadas pela PF ocorreram num momento em que Wilder estava se separando de Andressa Morais, que no mesmo ano viria a morar com o contraventor na casa que pertencia ao governador Marconi Perillo.

As escutas da PF mostram que ela insistia em viver com Cachoeira mas ele resistia, para n�o criar problemas com o suplente. "Voc� n�o entende. Deixei tudo por voc�" cobrou ela, numa conversa interceptada.

As investiga��es da PF complicam Wilder antes mesmo de tomar posse de sua vaga no Senado. Para alguns de seus pares na Casa, ele j� est� sob suspei��o.

Al�m dos di�logos interceptados pela PF, ele omitiu parte de seus bens na declara��o ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentada na elei��o de 2010.

"Se fosse o senador, tomaria posse de manh� e iria para a tribuna � tarde me explicar", afirmou Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ponderando que, para cham�-lo � CPI, no entanto, s�o necess�rias mais evid�ncias de envolvimento com Cachoeira.

Na praia

A reportagem procurou Wilder para falar sobre sua rela��o com Cachoeira, citada nas conversas, mas sua assessoria de imprensa informou que n�o poderia contat�-lo, pois est� de f�rias numa praia nordestina. Ele s� deve tomar posse a partir de 25 deste m�s, quando retorna do per�odo de descanso.

Wilder, que � empres�rio, � novato na pol�tica. O primeiro cargo p�blico que ele ocupou foi justamente o de secret�rio de Infraestrutura de Goi�s, dado por Perillo no in�cio de 2011.


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