
A escolha do vice pode render cr�ticas a ambos os lados. O petista Patrus Ananias tem como companheiro de chapa o peemedebista Alo�sio Vasconcelos, ex-deputado e ex-presidente da Eletrobr�s, que traz na bagagem o peso de sua forte liga��o com o ex-governador Newton Cardoso (PMDB). O engenheiro foi secret�rio do Gabinete Civil do Estado de Minas Gerais em 1989, quando Newton estava no comando do Pal�cio da Liberdade, e, nos bastidores, a articula��o de Newton agora para emplacar Alo�sio como vice teria sido forte.
Do lado de Lacerda, a ades�o de �ltima hora do deputado estadual D�lio Malheiros (PV) tamb�m pode municiar ataques. Isso porque at� poucas horas antes de anunciar a alian�a, o parlamentar era candidato de oposi��o ao socialista, a quem chamou de "d�spota". Al�m de participar de reuni�es com advers�rios do prefeito e acus�-lo de tentar cooptar candidaturas, chegou a decretar: estaria com qualquer um que se colocasse contra Lacerda.
O passado tamb�m pode virar muni��o nas m�os do rival nas urnas. Em 2006, o PT de Patrus Ananias apoiou a campanha de Newton Cardoso ao Senado. O partido, que em 1989 encaminhou um pedido de impeachment contra o ent�o governador peemedebista, acabou se aliando a ele e fazendo campanha por Newton Ao Senado, junto com a candidatura de Nilm�rio Miranda ao governo. Patrus apoiou atos de campanha de Newton.

Vindo do ramo empresarial, o socialista tamb�m � conhecido pela inabilidade pol�tica que �s vezes o deixa em enrascadas que podem ser um prato feito para o advers�rio. No in�cio desta semana, por exemplo, Lacerda fez uma visita surpresa a um posto de sa�de para saber se o atendimento estava adequado. Constatou que havia s� um m�dico trabalhando porque outro estava de f�rias. Horas depois, numa atitude pouco comum a um pol�tico experiente em �poca de campanha, mandou sua assessoria avisar � imprensa que iria exonerar a gerente do posto. Na quarta-feira, outro escorreg�o: Lacerda disse numa entrevista que a Prefeitura de Belo Horizonte estaria em boas m�os seja com ele ou com Patrus.
Contas Mas n�o � s� isso que os candidatos t�m a temer nos debates durante a campanha. Patrus quase fica impedido de se candidatar por ser conta-suja. Vice na chapa do candidato derrotado ao governo em 2010, H�lio Costa (PMDB), teve junto com ele as contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por causa de irregularidades no gasto de R$ 9,5 milh�es, ou 30,21% do total investido. A principal pend�ncia foi no gasto com pessoal. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) havia aprovado as contas com ressalva, mas as presta��es retificadoras apresentadas por Costa n�o foram suficientes para sanar o problema. O candidato petista s� pode estar agora na disputa pela prefeitura porque uma decis�o do TSE, poucos dias antes do fim do prazo para registro de candidatura, liberou os contas-sujas na elei��o.
Do lado de Lacerda, as contas foram aprovadas, mas pode pesar contra ele uma outra contabilidade: a redu��o dos investimentos no Or�amento Participativo, uma das principais bandeiras do PT, que criou o instrumento para participa��o popular. O programa teve uma queda de 67% em 2012 em rela��o ao que foi destinado em 2011, passando de R$ 183,9 milh�es para R$ 110 milh�es. A verba lan�ada para 2013/2014 � de R$ 130 milh�es. Segundo balan�o do OP, em 2011, o programa recebeu 32,8% do previsto.
Patrus
CALCANHAR DE AQUILES
Seu vice, Aloisio Vasconcelos (PMDB), � ligado ao ex-governador Newton Cardoso, de quem foi secret�rio de Gabinete Civil do Estado de Minas Gerais, em 1989
Junto com o PT, esteve em campanha com Newton Cardoso para o Senado em 2006. A alian�a foi considerada duvidosa, j� que nos anos 1980 foi o PT que pediu o impeachment do ent�o governador do estado.
Candidato a vice na chapa de H�lio Costa (PMDB) ao governo de Minas em 2010, teve as contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, o que quase o impediu de concorrer nestas elei��es.
Lacerda
CALCANHAR DE AQUILES
Tem como vice o deputado estadual D�lio Malheiros (PV), que at� a v�spera do registro de candidatura o tratava como inimigo e dizia estar com todos que contra o prefeito estivessem.
Era aliado do PT e cedeu ao partido os principais cargos na PBH. Seu advers�rio, Patrus Ananias, foi, a seu convite, conselheiro pol�tico da prefeitura.
Reduziu a verba do Or�amento Participativo, principal bandeira das administra��es petistas, durante o