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Estado de Minas

Dilma sai dos bastidores e articula campanhas municipais

Desaven�as entre aliados fazem a presidente deixar de lado postura de n�o interfer�ncia na disputa municipal e articular diretamente com os partidos


postado em 15/07/2012 07:10 / atualizado em 15/07/2012 15:08

Bras�lia – Virou quase um mantra de interlocutores da presidente Dilma Rousseff a frase de que ela n�o se envolver� diretamente na campanha municipal de outubro, pelo menos at� o segundo turno. A realidade, no entanto, tem sido bem diferente. Tanto nos bastidores quanto abertamente, ela se movimenta para privilegiar aliados e interesses do PT nas elei��es. Al�m de manter conversas com dirigentes de partidos da base como PMDB e PSB, Dilma inaugurou obras em cidades chaves, como S�o Bernardo do Campo (SP) e Rio de Janeiro. A campanha n�o declarada de Dilma tem dado resultados e j� conseguiu reverter, por exemplo, o impasse que o PT enfrentava em Belo Horizonte.

A preocupa��o em n�o parecer estar fazendo campanha fez com que Dilma convocasse os ministros do Planalto e pedisse que orientassem todos os funcion�rios a serem cautelosos com e-mails, santinhos, qualquer manifesta��o que pudesse parecer milit�ncia durante o expediente. At� os ministros, que foram liberados para fazer campanha em suas regi�es de interesse, s� ter�o autoriza��o em hor�rio fora do trabalho.

Todo esse cuidado se deve � situa��o delicada de alian�as com siglas importantes para a base do governo que, no �mbito municipal, n�o conseguiram chegar a um consenso com o PT. PMDB e PSB j� brigam para garantir a vaga de parceiro preferencial em 2014 e o medo da presidente �, caso n�o haja acordo, que a situa��o de agora se repita nas elei��es majorit�rias e os partidos decidam lan�ar candidaturas pr�prias. Apesar de ter afirmado na �ltima segunda feira, ap�s jantar no Pal�cio do Alvorada, que trabalha para a reelei��o de Dilma, Eduardo Campos n�o descarta pleitear o cargo m�ximo do Executivo. Como a posi��o das pe�as do tabuleiro e poder de barganha dependem do resultado das urnas em outubro, Dilma mant�m o discurso de que estar� fora da briga at� o segundo turno.

Capitais

Na pr�tica, entretanto, a presidente tem interferido nos munic�pios mais estrat�gicos e tentado agradar aos aliados. Ela tem acompanhado em especial a situa��o de S�o Paulo e de Belo Horizonte. As duas cidades est�o nas m�os de pol�ticos n�o alinhados com o Planalto. Embora foque nos belo-horizontinos e paulistanos, ela n�o se esqueceu de outras cidades.

O primeiro ato em favor de um candidato do PT foi a despedida do ex-ministro da Educa��o Fernando Haddad da pasta que comandava. A solenidade, no Sal�o Nobre do Pal�cio do Planalto, contou com a participa��o do ex-presidente Lula da Silva e de todos os ministros da Esplanada – exig�ncia da pr�pria Dilma. Foi a primeira vez que Lula pisou no Pal�cio do Planalto desde que havia come�ado o tratamento contra o c�ncer na laringe. Na data da cerim�nia, fez as sess�es de radioterapia antes de vir a Bras�lia e voltou no mesmo dia para prosseguir o tratamento, tudo para prestigiar Haddad.

Em seu discurso, a presidente esqueceu das cobran�as que fez a Haddad pelas falhas do Enem e elogiou o ent�o pr�-candidato. "Nenhum de n�s pode ficar onde est�, tem de ir al�m do seu momento. Ent�o, cumprimento Fernando Haddad, fico feliz por ele e, ao mesmo tempo, fico infeliz porque se trata de um excepcional gestor p�blico, de um grande educador e, al�m disso, de um amigo querido", fez quest�o de destacar.

O apoio n�o parou a�. Dilma ofereceu o Minist�rio da Pesca a Marcelo Crivella (PRB), partido de Celso Russomano, que, � �poca, liderava as pesquisas � capital paulistana. Recentemente, ela visitou uma exposi��o em S�o Paulo ao lado do ex-ministro e de Lula.

Obras Outro artif�cio utilizado por Dilma foi a inaugura��o de obras em munic�pios aliados. Nos �ltimos dois dias permitidos pela legisla��o eleitoral, a presidente correu para inaugurar obras em S�o Bernardo do Campo (SP), comandada pelo petista Luiz Marinho, e no Rio de Janeiro, do aliado peemedebista Eduardo Paes. Marinho � tido como uma possibilidade para o governo de S�o Paulo em 2014.

Em Belo Horizonte, Dilma liberou verbas para o projeto executivo do Anel Rodovi�rio. Na capital mineira, a interfer�ncia da presidente foi mais dura e contou com um pedido pessoal ao vice Michel Temer para que fosse retirada a candidatura do deputado federal Leonardo Quint�o. No lugar, o partido indicou Alo�sio Vasconcelos, ex-presidente da Eletrobr�s, para vice na chapa com o ex-ministro Patrus Ananias (PT).

Os �ltimos movimentos da presidente foram os dois jantares, um na segunda-feira com Eduardo Campos e Cid Gomes, do PSB, e outro na ter�a-feira, com petistas, na resid�ncia oficial do presidente da C�mara, Marco Maia. Nos dois encontros, Dilma refor�ou que n�o quer disputas municipais prejudicando alian�as nacionais.

CAMPANHA N�O DECLARADA
Apesar de afirmar por meio de interlocutores de que n�o participar� de campanha, a presidente tem se movimentado para garantir seus interesses e os do PT.

Despedida de Haddad
O evento no Pal�cio do Planalto em que o candidato � Prefeitura de S�o Paulo deixou o Minist�rio da Educa��o contou com a participa��o de Lula e com um discurso de Dilma recheado de elogios.

Minist�rio para o PRB
Tamb�m na tentativa de favorecer Haddad, Dilma nomeou Marcelo Crivella (PRB) ministro da Pesca. Seu correligion�rio Celso Russomano era apontado como o primeiro nas pesquisas em S�o Paulo.

Inaugura��o de obras
Enquanto as conversas ainda n�o eram definitivas, Dilma esteve inaugurando obras no Recife e em Fortaleza, tentando criar consenso entre PT e PSB locais. A presidente tamb�m inaugurou obras em cidades comandadas por aliados candidatos � reelei��o para prestigi�-los, como S�o Bernardo do Campo e Rio de Janeiro.

Articula��o
Nos bastidores, Dilma tem mantido conversas com aliados para costurar apoios e alian�as. Semana passada, recebeu no Alvorada o presidente do PSB, Eduardo Campos.

Enquanto isso...
...REGRAS PARA MINISTROS
Os ministros da Esplanada receberam sinal positivo da presidente Dilma Rousseff para fazer campanha em seus estados, desde que fora do hor�rio de expediente. No mesmo estilo de campanha velada, sem pedir votos diretamente, alguns ministros tamb�m aproveitaram inaugura��es de obras para se projetar e aparecerem junto de aliados. O �nico que fez campanha abertamente at� agora foi o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, na �ltima segunda-feira. Em S�o Paulo para participar do Congresso Nacional da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Brizola Neto defendeu a candidatura do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da For�a, � prefeitura da cidade. Outros ministros aproveitaram a agenda de inaugura��es para se cacifar nas elei��es. Caso do titular da Sa�de, Alexandre Padilha, de olho em uma poss�vel candidatura ao governo de S�o Paulo em 2014, ele acompanhou a presidente Dilma nas duas �ltimas inaugura��es de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em S�o Bernardo do Campo (SP) e no Rio de Janeiro.


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