O governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), nega rela��o entre a compensa��o dos cheques que recebeu pela venda de uma casa e a libera��o de ordens de pagamento atrasadas � Delta Constru��es S/A. Relat�rio da Pol�cia Federal sugere que o tucano condicionou a quita��o de faturas � negocia��o do im�vel com �gio de R$ 500 mil. A casa teria sido comprada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e paga por empresa que recebeu dinheiro de laranjas da Delta.
Por meio de nota, o governo afirma que "os pagamentos se referem a um contrato de loca��o de ve�culos e s�o feitos de forma continuada". Em 2009, a Delta venceu licita��o para fornecimento de carros alugados ao Estado. � �poca, Goi�s era governador por Alcides Rodrigues (PP), eleito com apoio de Perillo. Ao longo do mandato os dois se desentenderam e hoje Perillo trata o governo anterior como oposi��o.
Os tr�s cheques depositados na conta de Perillo eram da empresa Excitant Confec��es, de propriedade de uma ex-cunhada de Cachoeira e, � �poca, administrada pelo sobrinho dele, Leonardo Almeida Ramos. O tucano diz que n�o sabia de quem eram os cheques. Na nota, acrescenta que n�o cabe a ele "investigar a origem dos recursos usados para o pagamento", sobre o fato de a empresa ter recebido dinheiro do grupo ligado a Cachoeira e � Delta.
O governo tamb�m questiona o fato de n�o haver especifica��o sobre quais seriam as "portas abertas" no governo de Goi�s. Relat�rio da PF mostra Cachoeira e seu s�cio, o ex-diretor regional da Delta no Centro Oeste, Cl�udio Abreu, comemorando a "porta aberta". A conversa � de 3 de mar�o. Em agosto, a empreiteira venceu lotes de licita��es na Ag�ncia Goiana de Transportes e Obras P�blicas (Agetop). O governo argumenta que houve des�gio do valor estimado inicialmente.
Reconvoca��o
Parlamentares integrantes da Comiss�o Mista Parlamentar de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira pretendem apresentar requerimentos pedindo a reconvoca��o de Perillo, para esclarecer os fatos revelados no relat�rio da PF. Quanto a isto, o governo goiano diz que "um grupo na CPMI trata de transform�-la em tribunal de exce��o com um s� alvo: o governador de Goi�s, por ser advers�rio do PT".
Na nota, o governo diz que, "em vez de buscar esclarecer em profundidade as rela��es da Delta com os governos federal, estaduais e municipais, CPMI e reportagens continuam batendo na mesma tecla da venda da casa do governador, j� exaustivamente explicada e bem entendida pelas pessoas de boa f�".