O governador de Goi�s, Marconi Perillo, ganhou nesta ter�a o afago p�blico da dire��o de seu partido, que havia mantido sil�ncio diante das �ltimas not�cias que apontavam para o suposto envolvimento dele com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os l�deres nacionais tucanos se reuniram para dizer que "tem total confian�a na conduta de Marconi".
Para justificar as sucessivas den�ncias de corrup��o e envolvimento do governador com Carlinhos o Cachoeira, o presidente do PSDB, deputado S�rgio Guerra (PE) repetiu, durante o que chamou de "ato de solidariedade", o mantra de "a��o orquestrada". Da "a��o" fariam parte a presidente Dilma Rousseff parcela da Pol�cia Federal - ambos selecionando as informa��es que chegam � CPI do Cachoeira - e tamb�m "a internet", a CUT e a UNE, com a ajuda do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e do ex-ministro Jos� Dirceu. Unidos, formariam uma cortina de fuma�a para proteger os r�us do mensal�o: "Jogam o holofote sobre Marconi para apagar o resto do Brasil", bradou Guerra.
A decis�o do partido de sair em defesa de Perillo - mesmo dizendo que se tratava de uma "defesa da democracia, e n�o do governador, que j� � grandinho para se defender sozinho" - foi costurada na segunda-feira, data em que Perillo enviou seus representes de Goi�s para Bras�lia. Na reuni�o com l�deres tucanos, apresentaram mais explica��es e alinhavaram o discurso-b�lsamo que, sobretudo, destacou a "opera��o de guerra" do PT, deferida por conta do desespero dos petistas em estarem perdendo para a oposi��o em sete das principais capitais do Pa�s segundo contagem tucana.
Intimida��o
O deputado petista Odair Cunha (MG), relator da CPI do Cachoeira rebateu a acusa��o e disse que o PSDB est� querendo intimidar a CPI. "N�s temos uma clareza, precisamos investigar a organiza��o do senhor Carlos Cachoeira e nenhum tipo de constrangimento ou de intimida��o vai parar o nosso trabalho", disse.
Mais uma vez, o relator n�o disse se vai sugerir, ao final dos trabalhos da CPI, o indiciamento de Perillo por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele n�o quis opinar sobre a afirma��o feita pelo colega Paulo Teixeira (SP), vice-presidente da CPI, de que j� h� elementos suficientes para indiciar Perillo.
"A PF fez um trabalho totalmente isento, diferentemente de policiais civis e militares do estado de Goi�s, inclusive da c�pula dos �rg�os, que atuaram na defesa dos interesses de Cachoeira", afirmou.