Presidente da CPMI do Cachoeira diz que trabalhos n�o s�o direcionados ao governador de Goi�s

Bras�lia - O senador Vital do R�go (PMDB-PB), presidente da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito do Cachoeira, rebateu nesta quarta-feira as acusa��es de que a comiss�o tenha direcionamento pol�tico voltado para atacar o governador de Goi�s, Marconi Perillo. O parlamentar tamb�m apresentou balan�o dos trabalhos realizados pelo colegiado no primeiro semestre.

Nessa ter�a-feira, o presidente do PSDB, deputado S�rgio Guerra (PE), disse que a CPMI se transformou em um tribunal de exce��o, e acusou o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), de mudar o foco das investiga��es para tentar atingir Perillo e o PSDB, al�m de desviar as aten��es do julgamento do mensal�o.

“N�o h� direcionamento no trabalho. Respondo pela presid�ncia e ela tem agido de forma reta, isenta e n�o tem recebido nenhum tipo de ataque. Os ataques [do PSDB] s�o pol�ticos e respeitamos as decis�es pol�ticas”, argumentou Vital, que defendeu as medidas adotadas pelo relator.

“O plano de trabalho tem sido cumprido fielmente pelo relator, com absoluta isen��o. Ele � atacado num contexto em que a geografia pol�tica do fato determinado se imp�e. � fato que a organiza��o criminosa se desenvolveu no estado de Goi�s e o n�cleo � no estado de Goi�s”, disse o senador.

Vital do R�go fez hoje um balan�o dos trabalhos da comiss�o e garantiu que, ap�s o recesso parlamentar, haver� reuni�es do colegiado em todas as ter�as-feiras pela manh� e quartas-feiras � tarde, no m�s de agosto. Segundo ele, na volta do recesso, a comiss�o dar� prioridade � convoca��o de pessoas que estejam dispostas a falar.

Perguntado sobre as convoca��es do ex-dono da Delta Constru��es, o empres�rio Fernando Cavendish; do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot; e da reconvoca��o de Marconi Perillo, Vital do R�go disse que todos os requerimentos t�m o mesmo peso e que caber� ao plen�rio decidir.

“Todos os requerimentos s�o dados e tratados da mesma forma, n�o tem requerimento priorit�rio. Come�amos a preparar o calend�rio de agosto e o calend�rio ser� divulgado na pr�xima semana. Posso adiantar que est� marcada reuni�o administrativa para o dia 15 de agosto”.

Segundo consta do balan�o da comiss�o, foram chamadas 24 pessoas para serem ouvidas, sendo que nove prestaram depoimentos integrais, duas parciais e outras 13 n�o se manifestaram. Dos 715 requerimentos apresentados nas sete reuni�es administrativas, 480 foram aprovados, cinco rejeitados e outros cinco retirados pelos autores. Os demais ser�o apreciados na volta do recesso.

A CPMI solicitou 82 transfer�ncias de informa��es banc�rias sigilosas, 80 de dados fiscais e 78de registros telef�nicos, alcan�ando tanto pessoas f�sicas quanto jur�dicas. At� ontem, segundo o balan�o da CPMI, a comiss�o recebeu 384 informa��es banc�rias, 58 fiscais e 374 telef�nicas.

O presidente da CPMI elogiou a agilidade do Banco Central e da Receita Federal no envio de informa��es. Ontem, tucanos acusaram os dois �rg�os de estarem agindo politicamente e enviando dados de forma seletiva. “Deve-se destacar que o recebimento das informa��es banc�rias mostrou-se �gil e satisfat�rio gra�as aos esfor�os do Banco Central, que demonstrou sua efici�ncia na fiscaliza��o do sistema banc�rio brasileiro”, disse Vital.

J� em rela��o ao envio dos dados telef�nicos sigilosos, o senador criticou as operadoras de telefonia e tamb�m a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel). “Quanto �s informa��es telef�nicas, muitas t�m sido as dificuldades. O modelo de controle da atua��o das operadoras telef�nicas ainda n�o � plenamente eficaz no que se refere � obten��o de dados”.