Neste in�cio oficial de corrida � Prefeitura de S�o Paulo, a forte polariza��o entre o PT de Fernando Haddad e o PSDB de Jos� Serra fica cada dia mais evidente. No mais recente embate entre as duas siglas, o mote � a libera��o de verbas pelo Minist�rio da Educa��o, na gest�o do candidato petista. Em entrevista exclusiva � Ag�ncia Estado, o presidente nacional do PSDB, deputado S�rgio Guerra (PE), acusa a gest�o do ex-ministro de ter 'partidarizado' as verbas do MEC, atrav�s de um favorecimento maior a parlamentares do PT e da base aliada, em detrimento da oposi��o.
Em resposta, um dos coordenadores da campanha de Haddad, Chico Macena, diz que a cr�tica do dirigente tucano ocorre em raz�o da "tentativa de manipular dados (dessas libera��es)". "Vemos tamb�m que a tend�ncia � de polariza��o. Mas do nosso lado, a oposi��o � feita �s claras, nas ruas, com argumentos s�lidos. Essa tentativa de manipular dados, montar manifesta��es artificiais, n�o vai prosperar. Jos� Serra deveria se ocupar mais em como vai defender sua bandeira, que � a continuidade de uma gest�o que 80% n�o quer mais", criticou.
Com base nesse estudo, Guerra chamou a gest�o de Haddad de "irrespons�vel, antidemocr�tica e antipatri�tica". "� muito grave que o ministro da Educa��o use o dinheiro p�blico dessa forma. Ele colocou a educa��o no canal polu�do dos interesses do PT. Como um cara vai partidarizar o recurso da educa��o brasileira?", bradou. Macena, por sua vez, acusou o PSDB de esconder o candidato Jos� Serra e "gerar not�cias negativas". "(O PSDB) esconde seu pr�prio candidato e nomeia outros porta vozes para tentar gerar noticias negativas."
A assessoria de imprensa do MEC afirmou, mediante nota, que "as emendas parlamentares individuais pagas nunca superaram 1% do or�amento do Minist�rio da Educa��o, portanto, n�o h� a m�nima possibilidade de partidariza��o de um or�amento". Eles tamb�m argumentaram que a libera��o das emendas n�o est� a encargo do ministro. "A libera��o de emendas sempre foi coordenada pela Secretaria de Rela��es Institucionais da Presid�ncia da Rep�blica", disseram.
Estudo
De acordo com o estudo produzido pela �rea t�cnica do PSDB na C�mara, durante os seis anos e meio da gest�o de Haddad no MEC(2005-2012), dos R$ 29.208.781 pagos aos deputados e senadores em emendas parlamentares, R$ 15.442.128, ou 52,8% do total de emendas, ficou com os petistas. Somando o PT e a base aliada dos governos Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram pagos R$ 23.751.088, ou 81,31% de toda a verba, para os partidos da base aliada.
Nesse meio tempo, parlamentares da oposi��o (PSDB, DEM, PPS e PSOL) receberam R$ 5.480.980, 18,76% do total. Excluindo o PT, os partidos da base obtiveram R$ 8.285.673, 28.44% do total. A assessoria de imprensa do MEC alega que esses valores correspondem ao tamanho da bancada dos quatro partidos na C�mara. "O pagamento de emendas individuais para os partidos PSDB, DEM, PPS e PSOL foi de 20%, m�dia anual, exatamente a representatividade total desses partidos no Congresso Nacional." O Minist�rio emendou que, entre 2007 e 2011, a oposi��o fez 25% das solicita��es de emendas e recebeu 20% do total. J� o PT, solicitou 26% das emendas e recebeu 29%.