Respons�vel pela defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, autor da den�ncia do mensal�o e um dos 38 r�us do processo, o advogado Luiz Barbosa disse nesta ter�a que seu cliente "exagerou" ao inocentar o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Barbosa vai sustentar tese contr�ria no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF): dir� que Lula "ordenou" o mensal�o.
"O Supremo considerou plaus�vel para iniciar o processo que tr�s ministros - Jos� Dirceu, Anderson Adauto e Luiz Gushiken - estariam pagando deputados federais para votarem projetos de lei de iniciativa do presidente da Rep�blica. Eles (ministros) foram os auxiliares e ele (Lula) ordenou, sim, que se fizesse aquilo que diz a acusa��o. Se ele n�o tivesse ordenado, seria um pateta. � claro que os ministros n�o mandavam mais do que ele (Lula)", sustenta o advogado.
Roberto Jefferson passar� por uma cirurgia para retirada de um tumor no p�ncreas no dia 28 de julho e n�o ir� ao Supremo para o julgamento, que come�a dia 2 de agosto. Barbosa afirmou que a decis�o de Jefferson foi tomada antes do diagn�stico. "N�o � produtivo, n�o ajuda o julgamento", diz.
O advogado rejeita os dois crimes atribu�dos ao cliente pela Procuradoria Geral da Rep�blica, de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. O ex-deputado, que teve o mandato cassado em setembro de 2005, disse ter recebido R$ 4 milh�es do PT para o PTB. Jefferson � presidente nacional do PTB. "Esse processo n�o poderia ter existido e foi feito para silenci�-lo, porque ele seria a melhor testemunha de acusa��o. Ele recebeu R$ 4 milh�es e deveria ter recebido R$ 20 milh�es para a elei��o municipal de 2004. E que lavagem de dinheiro se o PT na �poca era uma vestal incontest�vel? Ele (Jefferson) n�o poderia suspeitar da origem do dinheiro, nem ele nem ningu�m", diz Barbosa. Para o advogado, salvo alguns r�us que respondem por evas�o de divisas, o julgamento "vai ser um festival de absolvi��es".