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Estado de Minas

Dilma critica Gr�-Bretanha por barrar pesquisadores


postado em 26/07/2012 09:11

A presidente Dilma Rousseff desembarcou nessa quarta-feira em Londres e atacou a pol�tica de imigra��o da Gr�-Bretanha e o tratamento dado a bolsistas brasileiros do programa Ci�ncia sem Fronteiras. Em reuni�o com o primeiro-ministro David Cameron, Dilma n�o escondeu o mal-estar do governo em rela��o � dificuldade de estudantes e pesquisadores para conseguir o visto.

Segundo o governo, a Gr�-Bretanha teria criado dificuldades para a concess�o das autoriza��es, como impor uma prova de ingl�s, que, na avalia��o do Itamaraty, seria usada para barrar os brasileiros. Al�m disso, estaria limitando o n�mero de meses para o visto, que acabaria, muitas vezes, antes do t�rmino da bolsa - que, na maioria dos casos, dura de 12 a 15 meses. Por fim, estaria incluindo os estudantes no mesmo grupo dos imigrantes. Brasileiros que v�o a turismo para a Inglaterra n�o precisam de visto se forem ficar at� tr�s meses.

A irrita��o do governo brasileiro se d� pelo fato de os bolsistas receberem recursos p�blicos e as universidades e a economia brit�nica serem beneficiadas, enquanto os estudantes s�o prejudicados. A queixa do Brasil ocorre no momento em que o Ci�ncia sem Fronteiras enfrenta cr�ticas de bolsistas que n�o conseguiram renovar suas bolsas e ter�o de deixar suas pesquisas em universidades estrangeiras.

O acordo de interc�mbio do Brasil com mais de cem universidades brit�nicas foi assinado em 2011. Pelo entendimento, o governo paga a bolsa, a estadia dos estudantes e pesquisadores na Gr�-Bretanha e as taxas cobradas pelas universidades. Em troca, o governo ingl�s estipularia vagas para os brasileiros e facilitaria a concess�o de vistos.

O acordo chegou a ser citado pelas autoridades brit�nicas como um sinal de que Londres est� disposta a manter um novo patamar nas rela��es bilaterais. � reportagem, o Minist�rio de Rela��es Exteriores da Gr�-Bretanha avaliou que o impacto dos brasileiros na economia brit�nica ser� de cerca de 170 milh�es de libras esterlinas por ano.

Afagos


A reuni�o entre Dilma e Cameron come�ou com elogios m�tuos. O premi� afirmou que o fato de os dois pa�ses sediarem jogos consecutivos abre a oportunidade para neg�cios. Dilma classificou como “brilhante” a prepara��o da Olimp�ada de Londres e disse que o Brasil precisa aprender com os ingleses.

Mas, quando teve in�cio a parte privada da reuni�o, Dilma deixaria claro que a realidade em rela��o � coopera��o cient�fica � bem diferente do discurso e h� um “descompasso” entre a pol�tica de imigra��o do pa�s e o acordo de interc�mbio com o Brasil.

A presidente levou para o encontro com Cameron o ministro de Educa��o, Aloizio Mercadante. Segundo assessores da pasta, o governo j� redirecionou para universidades americanas cerca de cem estudantes que haviam sido selecionados para bolsas na Gr�-Bretanha e n�o conseguiram o visto adequado.

A pol�tica de imigra��o do governo desagrada �s universidades brit�nicas, que dizem perder alunos para outros pa�ses. Al�m disso, elas est�o reajustando as mensalidades, pois Cameron reduziu o repasse de recursos p�blicos para a educa��o, como parte da estrat�gia de corte de gastos e redu��o do d�ficit p�blico.

As universidades querem aproveitar a Olimp�ada para destacar o interesse em receber estrangeiros. Segundo a organiza��o Universities UK, o pa�s � o segundo do mundo a atrair alunos de fora, atr�s apenas dos EUA. Atualmente, 406 mil estudantes de outros pa�ses est�o na Gr�-Bretanha. Em Londres, 25% da popula��o das universidades � estrangeira.


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