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Estado de Minas

Bastos queria deixar defesa de Cachoeira h� um m�s


postado em 31/07/2012 19:45

O fator Carlinhos Cachoeira derrubou mais um: o poderoso ministro da Justi�a do governo Lula, M�rcio Thomaz Bastos, mito da advocacia penal que defendia o contraventor, renunciou � causa. Seguiu Thomaz Bastos toda a equipe que o assessorava, inclusive os criminalistas Augusto Botelho e Dora Cavalcanti. "Eu saio por raz�es que nada t�m a ver com o m�rito da causa", declarou MTB.

Havia pelo menos um m�s que o veterano criminalista, de 77 anos, amadurecia a ideia de abandonar a demanda. Ele andava desgostoso com o cliente, temperamental, hostil, exigente, mesmo atr�s das grades. "Um sujeito inadministr�vel", disse um profissional do Direito pr�ximo ao ex-ministro.

No in�cio de julho, M�rcio Thomaz Bastos combinou com familiares de Cachoeira que seus advogados o acompanhariam �s audi�ncias na Justi�a, realizadas semana passada. Talvez a banca do ex-ministro ficasse por mais algum tempo com o caso, mas precipitou a decis�o de Thomaz Bastos em deixar a defesa o impacto provocado pela nova den�ncia, agora envolvendo Andressa Mendon�a, mulher de Cachoeira, investigada pela Pol�cia Federal por chantagear juiz.

Alvo maior da Monte Carlo e da Saint Michel - miss�es da PF e da Pol�cia Civil que revelaram seu poderio no governo Marconi Perillo (PSDB-GO) e nos dom�nios do senador tucano cassado Dem�stenes Torres -, Cachoeira acreditava que logo estaria na rua outra vez.

N�o foi por falta de empenho do criminalista que Cachoeira n�o recuperou a liberdade. Foram muitas as incurs�es de Thomaz Bastos a todas as inst�ncias judiciais, em v�o. Na sexta feira, 20, ele fez a derradeira ofensiva. Foi ao gabinete do ministro Ari Pargendler, presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e a ele entregou pedido para liberta��o do contraventor. Na segunda, por�m, a solicita��o foi recha�ada.

Amigos de Thomaz Bastos dizem que o incomodava o desgaste que a pend�ncia provocava em sua biografia, constru�da em 53 anos de vida forense. O ex-ministro nunca confirmou, mas tamb�m jamais desmentiu, os R$ 15 milh�es que lhe teriam sido oferecidos por Cachoeira.

Cifra t�o elevada logo despertou a aten��o de um procurador da Rep�blica do Rio Grande do Sul, que pediu investiga��o por suposta pr�tica de lavagem de dinheiro do contraventor. Ao que consta, por�m, Cachoeira deu calote e nada pagou ao ex-ministro.

Cr�ticas a Thomaz Bastos foram prontamente repreendidas pela Ordem dos Advogados do Brasil em S�o Paulo, que saiu em defesa do ex-ministro. "O advogado � como o padre, que abomina o pecado mas ama o pecador", declarou Luiz Fl�vio Borges D'Urso, presidente licenciado da entidade.

O vendaval Cachoeira derrubou senador, tirou juiz federal do caminho e amea�a governador. Nesta ter�a, M�rcio Thomaz Bastos anunciou formalmente sua sa�da. N�o fez pronunciamentos, apenas disse a conhecidos que "a ren�ncia � desgaste natural da rela��o (com o cliente)".


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