O procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, iniciou sua sustenta��o oral no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira reafirmando a gravidade do esquema conhecido como mensal�o, em julgamento no tribunal. Ap�s citar alguns atores da hist�ria e da sociologia, como Raimundo Faoro, Maquiavel, Norberto Bobbio e Max Weber, o procurador reafirmou a acusa��o feita nas alega��es iniciais sobre a relev�ncia do esquema.
Ele iniciou a exposi��o com a apresenta��o do publicit�rio Marcos Val�rio � c�pula do PT. Gurgel citou depoimento do ex-deputado Virg�lio Guimar�es (PT-MG) em que o parlamentar conta como apresentou o dono da ag�ncia SMPB a Jos� Dirceu, Jos� Geno�no, Del�bio Soares e S�lvio Pereira, apontados pela den�ncia original como "n�cleo pol�tico" da quadrilha que realizou o mensal�o.
Gurgel destacou que o objetivo de Marcos Val�rio era manter e ampliar sua participa��o em contratos de publicidade no governo. Enfatizou que, por outro lado, a c�pula petista buscava recursos para saldar d�vidas de campanha e comprar apoio no Congresso. "A coincid�ncia de interesses fez com que se produzisse essa associa��o", sustentou o procurador. Afirmou que o n�cleo pol�tico, Marcos Val�rio e seus s�cios e diretores do Banco Rural se uniram para praticar crimes de corrup��o, contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, entre outros.
Gurgel j� fala por cerca de 30 minutos. Ele ter� cinco horas para fazer a acusa��o e j� ressaltou que poder� haver alguma omiss�o porque com este tempo teria menos de 10 minutos para abordar a situa��o de cada r�u e poucos segundos para falar sobre cada acusa��o imputada a cada r�u.