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Estado de Minas

Gurgel acusa Jos� Dirceu de principal l�der e diz ter "provas robustas" contra o mensal�o

Para o Procurador-geral da Rep�blica (PGR), o esquema foi "o mais atrevido e caso de corrup��o" registrado no Brasil


postado em 03/08/2012 15:19 / atualizado em 03/08/2012 16:16

O Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ter provas robustas contra o mensalão(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
O Procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, afirmou ter provas robustas contra o mensal�o (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O procurador-geral da rep�blica, Roberto Gurgel, come�ou a ler sua acusa��o na tarde desta sexta-feira dizendo que os argumentos e as provas comprovam de forma “robusta” a exist�ncia do esquema do mensal�o. Segundo o procurador, o sistema organizado sob a batuta de Jos� Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no primeiro mandato do governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, misturava o p�blico e o privado. “Vemos tra�os de um modelo que insiste, teimosa e atrevidamente, em manter um modelo pol�tico que mistura o p�blico e o privado”, afirmou. “Foi sem d�vida o mais atrevido e escandaloso caso de corrup��o e desvio de dinheiro p�blico registrado no Brasil. Maculou a Rep�blica”, completou.

Ainda segundo Gurgel, que come�ou sua fala focando no n�cleo pol�tico do esquema, Jos� Dirceu � o l�der do grupo e nada acontecia sem que ele soubesse. “Jos� Dirceu foi a principal figura de tudo aqui apurado. Foi Jos� Dirceu que idealizou o sistema il�cito”, ressaltou. Para sustentar sua acusa��o e indica��o do petista como principal operador pol�tico do esquema, o procurador-geral usou trechos dos depoimentos do empres�rio Marcos Val�rio e do ex-deputado Roberto Jefferson, ambos est�o entre os 38 r�us da a��o 470.

Principal r�u do processo, Dirceu ser� acusado pelo procurador-geral de ter montado e gerenciado, assim que assumiu a Casa Civil em janeiro de 2003, a compra de apoio de partidos pol�ticos. O esquema teria sido vi�vel pela pr�tica de diversos crimes, como corrup��o, lavagem de dinheiro, peculato e forma��o de quadrilha, evas�o de divisas e gest�o fraudulenta. Dirceu � r�u por corrup��o ativa e forma��o de quadrilha.

Gurgel pedir� a absolvi��o de dois r�us por falta de provas: o ex-ministro da Secretaria de Comunica��o Luiz Gushiken e do ex-assessor do extinto PL (atual PR), Ant�nio Lamas.

A participa��o do chefe da PGR ocorre com um dia de atraso. A expectativa era de que a acusa��o j� tivesse exposto sua argumenta��o ontem, mas a discuss�o sobre o desmembramento ou n�o do processo atrasou o andamento da sess�o.

Empr�stimos

Gurgel citou reuni�es de Dirceu para afirmar que o ex-ministro atuou na obten��o dos empr�stimos dos bancos Rural e BMG, que serviram para a opera��o do mensal�o.

Em rela��o ao financiamento, o procurador destacou ter sido Dirceu que enviou os publicit�rios Marcos Val�rio e Rog�rio Tolentino a Portugal para negociar a obten��o de recursos com Miguel Horta, presidente da Portugal Telecom e acionista do Banco Esp�rito Santo. Posteriormente, Horta foi recebido por Dirceu na Casa Civil e Val�rio estava novamente presente.

"N�o � cr�vel que o presidente do Banco Esp�rito Santo precisasse do Marcos Val�rio para tratar de investimentos no litoral da Bahia. Essa reuni�o foi uma continua��o do encontro em Portugal que aconteceu a mando de Dirceu, por isso era necess�ria a presen�a de Marcos Val�rio", disse Gurgel.

O procurador destacou ainda reuni�o de Dirceu com dirigentes do BMG em 2003 apenas tr�s dias ap�s a celebra��o de um dos empr�stimos que sustentou financeiramente o esquema. Usou ainda um depoimento colhido pela CPI dos Correios em 2005, na qual a mulher de Marcos Val�rio, Renilda Santiago, diz ter ouvido do marido que Dirceu sabia das opera��es financeiras.



Com Ag�ncia Estado


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