O advogado Marcelo Leal, que foi membro da Comiss�o de Reforma do C�digo Penal do Senado, inicia defesa oral do ex-deputado Pedro Corr�a, ex-presidente do PP que foi cassado por causa do mensal�o. Segundo advogado a ser ouvido pelos ministros no Supremo Tribunal Federal (STF), Leal representa o r�u e faz a sustenta��o contra as acusa��es de forma��o de quadrilha, corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, que podem render at� 27 anos de pris�o.
Leal come�ou dizendo que � agora que a defesa come�a a discutir a verdadeira exist�ncia do mensal�o. � mais um defensor a criticar o Minist�rio P�blico Federal (MPF). "� muito dif�cil arquitetar uma defesa quando n�o se sabe do que � acusado”. Leal observou que 17 pessoas que constavam na lista de Marcos Val�rio n�o foram denunciadas, mas Pedro Corr�a, que n�o constava, virou r�u.
No relato, o advogado disse que o PP, na �poca da den�ncia, era formado essencialmente por deputados federais e era s� deles que vinham o fundo de tev� e r�dio. O mandato de cada parlamentar era caro para o partido. “Foi nesse contexto que PP e PT iniciam as tratativas de uni�o para as elei��es de 2004", disse Leal.
Diverg�ncias regionais
A sustenta��o da defesa traz uma s�rie de gr�ficos que demostram, segundo o advogado, que n�o h� rela��o entre os eventuais repasses ao partido com os resultados das vota��es em plen�rio. Segundo ele, o PT fez representa��es contra o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) numa esp�cie de retalia��o, por conta de uma diverg�ncia regional. O pepista apoiou Serra em 2002. Para retaliar Ronivon teria havido representa��es do PT no MP contra o deputado do PP, mas que depois teria havido acordo. Com a aproxima��o do PT com Ronivon Santiago, o jeito para ajud�-lo, segundo advogado de Pedro Corr�a, seria pagar o advogado do deputado. "N�o houve coopta��o de parlamentares no Congresso e sim pagamento de honor�rios do advogado de um deputado que tinha o mandato amea�ado”.
Ao encerrar a defesa de Pedro Corr�a, Marcelo Leal pediu "que nenhum cidad�o brasileiro seja responsabilizado fora do foro devido". "Que Deus aben��e todos n�s e a nossa democracia. Senhor presidente, am�m!", concluiu.