�s v�speras da estreia do hor�rio pol�tico no r�dio e na TV, a presidente Dilma Rousseff lembrou aos ministros que nenhum deles pode recorrer � "agenda dois em um" para pedir votos em campanhas municipais. A proibi��o consta de cartilha produzida pela Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), que cita as condutas vedadas aos agentes p�blicos em elei��es, mas Dilma decidiu refor�ar a determina��o porque n�o quer ver o governo acusado de uso da m�quina nas disputas pelas Prefeituras.
Em recentes reuni�es no Pal�cio do Planalto, a presidente disse que n�o admitir� "compromissos casados" em que auxiliares aproveitam atos oficiais no fim de semana, com viagens em avi�es da For�a A�rea Brasileira (FAB), e depois esticam a visita para subir em palanques. Quando isso ocorrer, o cabo eleitoral da Esplanada ter� de pagar passagem e estadia do pr�prio bolso.
"Nessa �poca de elei��o, n�o passo nem perto de avi�o da FAB", contou o ministro da Previd�ncia, Garibaldi Alves (PMDB). Dilma tamb�m proibiu os subordinados de entrarem em "bola dividida" em capitais consideradas priorit�rias por aliados do porte do PMDB ou do PSB. Caber� ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva a tarefa de apaziguar os �nimos onde houver conflito.
Apesar da preocupa��o do governo e do PT com o impacto do julgamento do mensal�o nas campanhas - especialmente na de Fernando Haddad, em S�o Paulo, e na de Patrus Ananias, em Belo Horizonte -, a ordem � amenizar essa interfer�ncia. "As pessoas querem saber dos problemas de sua cidade", afirmou o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha. Ex-militante da Juventude do PT, Padilha � o mais requisitado da Esplanada pelos candidatos. Ele j� gravou 104 v�deos para internet e TV e est� at� no You Tube. "Vou onde me chamam", desconversou.