Dias diz que papel da CPI � 'manter o mal � luz'

Um dos 30 membros da CPI que investiga o contraventor Carlinhos Cachoeira, o senador �lvaro Dias afirmou que o principal papel da investiga��o � trazer a p�blico os fatos sendo investigados. "Estamos realizando um esfor�o para manter o mal � luz, para que ele possa ser identificado, combatido e condenado", contou.

Desanimado com a composi��o da comiss�o, com apenas seis dos trinta membros oriundos da oposi��o, o senador �lvaro Dias afirmou que a comiss�o tem um "comando com orienta��o pol�tico partid�ria". "O comando tem o objetivo de selecionar os alvos a serem acertados. E aqueles mais pr�ximos do poder devem ser blindados."

Dias revelou n�o ter esperan�as de que algum dos envolvidos seja preso, al�m daqueles que j� est�o, como o pr�prio Cachoeira. Para ele, o papel do processo de investiga��o � convocar a sociedade para pressionar as autoridades. "N�o podemos ficar aguardando um relat�rio final que seja uma bomba capaz de colocar pessoas na cadeia. Podemos esperar que a CPI traga transpar�ncia nesse processo. E isso convoca a sociedade a pressionar as autoridades."

Questionado se era necess�rio chamar novamente o governador de Goi�s, o tucano Marconi Perillo, para depor na CPI, Dias afirmou tratar-se de uma "estrat�gia de protela��o". "A convoca��o � para explora��o pol�tica, v�o fazer as mesmas perguntas e ter�o as mesmas respostas (do Perillo). � uma estrat�gia de protela��o para que a CPI chegue ao final, temos uns 80 dias para finaliz�-la. Empurra o m�ximo para a frente. N�o houve depoentes fundamentais, como o (propriet�rio da Delta, Fernando) Cavendish e o (ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Ant�nio) Pagot". Para Dias, a convoca��o de Pagot � necess�ria.

"Temos que ouvir preferencialmente o Pagot, que amea�ou dizer (o que sabe). Ele afirmou ter sido cooptado para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do PT e teria feito isso na sede do DNIT. Isso � muito grave", disse.